Senadores criticam veto à prioridade para mulher no auxílio emergencial — Rádio Senado
Pandemia

Senadores criticam veto à prioridade para mulher no auxílio emergencial

Senadores criticam o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto (PL 2.508/2020), que dá prioridade no auxílio emergencial à mulher chefe de família. O presidente argumentou não haver previsão orçamentária para o pagamento e nem ferramentas capazes de se verificar a veracidade das informações autodeclaradas. Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, esse argumento é inválido, pois os recursos do auxílio não precisam respeitar as regras de equilíbrio fiscal. As senadoras Rose de Freitas (Podemos-ES), relatora da proposta no Senado, e Zenaide Maia (Pros-RN) disseram que a proposta beneficia as crianças. O líder do PDT, senador Weverton (MA), adiantou que o partido vai trabalhar pela derrubada do veto. Reportagem, Iara Farias Borges.

31/07/2020, 17h01 - ATUALIZADO EM 31/07/2020, 18h09
Duração de áudio: 02:37
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Transcrição
LOC: SENADORES CRITICAM O VETO DO PRESIDENTE BOLSONARO À PRIORIDADE DO PAGAMENTO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL À MULHER CHEFE DE FAMÍLIA. LOC: E DISSERAM QUE VÃO TRABALHAR PELA DERRUBADA DO VETO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. TÉC: Aprovado pelo Senado no início de julho, o projeto de lei foi vetado integralmente pelo presidente Jair Bolsonaro. A proposta garantia prioridade da mulher chefe de família no recebimento do auxílio emergencial em dobro. O presidente Bolsonaro argumentou que não há previsão orçamentária para esse pagamento e nem ferramentas capazes de se verificar a veracidade das informações autodeclaradas. Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, esse argumento é inconsistente, pois os recursos do auxílio não precisam respeitar as regras de equilíbrio fiscal. (Humberto Costa): “Portanto, esse não é um argumento válido. E é por essa razão que todos nós vamos trabalhar para que o Congresso Nacional, o mais rapidamente, derrube este veto que foi aposto pelo presidente da República”. (Rep): Mais da metade das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres em situação de pobreza, disse a senadora Rose de Freitas, do Podemos do Espírito Santo, que relatou o projeto no Senado. Ela considerou o veto um “equívoco”. (Rose de Freitas): “A mãe que precisa do auxílio do Estado, normalmente, ela é provedora, chefe de família, é cuidadora, é zelosa, é a que está ali dando um teto para seus filhos, abrigando, cuidando. Portanto, era importante que essa mulher seja olhada de maneira diferente. E ao vetar, o presidente comete um enorme equívoco. Não está atualizado com a realidade da mulher no nosso país”. (Rep): É da mesma opinião a senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte. (Zenaide Maia): “Ao vetar o projeto, o governo, mais uma vez, demonstra insensibilidade com as batalhas diárias das mulheres. E também não pensa nas crianças, pois de acordo com o IBGE, 80% dos filhos têm uma mulher como primeira responsável. Vamos lutar para derrubar este veto”. (Rep): Também o líder do PDT, senador Weverton, do Maranhão, quer a derrubada do veto. (Weverton): “É justiça a essas verdadeiras guerreiras, heroínas do povo brasileiro, que são as mulheres chefes de família. Elas precisam mais do que nunca da mão do Estado, a ajuda do Estado brasileiro, neste momento difícil que o Brasil está vivendo, debaixo desta pandemia. O PDT vai encaminhar pela derrubada do veto”. (Rep): O projeto é de autoria da deputada Fernanda Melchionna, do PSOL do Rio Grande do Sul. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges. PL 2.508/2020

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