Senado aprova inclusão do nome de Leonel Brizola no livro dos Heróis da Pátria — Rádio Senado
Homenagem

Senado aprova inclusão do nome de Leonel Brizola no livro dos Heróis da Pátria

09/12/2015, 17h19 - ATUALIZADO EM 09/12/2015, 17h19
Duração de áudio: 02:08
Ana Nascimento/Abr

Transcrição
LOC: LEONEL BRIZOLA ESTÁ A UM PASSO DE TER SEU NOME INCLUÍDO NO LIVRO DOS HERÓIS DA PÁTRIA. LOC: UM PROJETO COM ESSE OBJETIVO FOI APROVADO PELO SENADO E AGORA SÓ PRECISA DA SANÇÃO PRESIDENCIAL PARA VIRAR LEI. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) A proposta inscreve o nome de Leonel de Moura Brizola no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Para que Brizola, que morreu em 2004, possa ser incluído, o projeto muda também a exigência de 50 anos da morte do homenageado, diminuindo o prazo para dez anos. A relatora do projeto, Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, lembrou que ele foi lançado na vida política por Getúlio Vargas e que foi o único político do País eleito para governar dois estados diferentes – o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Ana Amélia ressaltou que Brizola foi ainda um dos primeiros a dar atenção à educação, lembrando que ela mesma foi beneficiária de bolsa instituída por ele, no ensino médio. Motivos pelos quais o velho caudilho, como era conhecido, faz falta até hoje. (Ana Amélia) Neste momento da vida nacional, com tantos problemas que nos chocam, nos atingem, sempre a figura de Brizola é uma ausência muito sentida. Ele teria um papel relevante, não só pelas suas posições políticas, mas sobretudo, pela sua integridade pessoal e pela sua honestidade. Era um homem de conduta ilibada e inatacável. (Repórter) Paulo Paim, do PT gaúcho, lembrou o papel de Brizola em momentos-chave do País, como a defesa da posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, a resistência ao golpe militar em 1964 e a luta pelas Diretas Já, na década de 80. (Paulo Paim) De fato, ele foi um herói; um homem, que se dependesse dele não teria acontecido o golpe militar. Ele resistiu bravamente, se instalou no Palácio do Governo do Rio Grande do Sul, estabeleceu a rede chamada Rede da Legalidade, buscando uma reação nacional para evitar o golpe. Infelizmente, o golpe aconteceu, ele acabou no exílio, mas retornou no momento que foi possível e participou ativamente do processo democrático do nosso País. (Repórter) Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, disse que o fundador de seu partido foi o único dos grandes nomes da política brasileira a colocar a educação como vetor do desenvolvimento. Lídice da Mata, do PSB da Bahia, lembrou ainda que o “socialismo moreno”, como chamado por Brizola, foi a primeira vez que a bandeira do combate ao racismo foi levantada na política brasileira.

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