Dia Internacional dos Direitos Humanos: Combate ao racismo é debatido em sessão temática — Rádio Senado
Racismo

Dia Internacional dos Direitos Humanos: Combate ao racismo é debatido em sessão temática

Foi realizada no Senado sessão temática para celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, com foco na população negra. O senador Paulo Paim (PT-RS) falou que o crime de racismo precisa ser endurecido e não apenas considerado injúria.

09/12/2019, 20h40 - ATUALIZADO EM 09/12/2019, 20h40
Duração de áudio: 02:34
Plenário do Senado Federal durante sessão de debates temáticos destinada a celebrar o Dia Internacional de Direitos Humanos e a População Negra.

Da bancada, participantes acompanham sessão.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: O DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS FOI COMEMORADO EM SESSÃO TEMÁTICA NO SENADO. LOC: A SESSÃO TEVE FOCO NA POPULAÇÃO NEGRA, E QUESTÕES SOBRE O COMBATE AO RACISMO NO BRASIL FORAM COMENTADAS PELOS CONVIDADOS. A REPORTAGEM É DE LÍVIA TORRES: TÉC: No dia 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas, a ONU, estabeleceu a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento foi criado com o objetivo de dar novas diretrizes em oposição a brutalidade da Segunda Guerra Mundial. E para celebrar a data, foi realizada sessão temática no Senado sobre o combate ao racismo no Brasil. A presidente da associação dos Defensores Públicos do Distrito Federal, Mayara Tachy, comentou que o racismo estrutural pode ser combatido com medidas institucionais: (Sonora Mayara) “Mas o racismo no Brasil é uma questão estrutural, é uma questão que está dentro das nossas instituições e que precisa ser mudado e as ações afirmativas são um dos caminhos para a gente conseguir chegar nesse objetivo. Mas nós temos que pensar também no racismo individual, em um lugar onde a violência contra mulheres brancas de 2003 a 2013 diminuiu 10% mas a violência contra mulheres negras aumentou mais de 50%. Alguma coisa está errada no nosso país, mas temos que realmente problematizar essa questão e não podemos fechar os olhos para isso” (Rep) A coordenadora do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira, Makota Celinha, afirmou que o sistema brasileiro é responsável por atos de racismo e intolerância religiosa: (Sonora Makota) “Nós precisamos responsabilizar o estado brasileiro, nós precisamos responsabilizar pelo descaso, pela omissão, pela incapacidade de fazer valer suas próprias leis. Porque para mim não adianta você signatário das melhores tratados tem as melhores leis se você não dá conta de cumprir a básica que é proteger seus cidadãos. Porque não adianta nós falamos que nosso país é democrático, que nosso país tem as melhores leis se eu nunca vou ver um racista na cadeia” (Rep) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, destacou que o crime de racismo precisa ser endurecido e não apenas considerado injúria: (Sonora Paim) “Porque hoje quase ninguém é enquadrado na lei de racismo que não prescreve e que é prisão e tudo é injúria fica como injúria e e o cara pega e vai embora. Que a gente pensa em resolver essa questão simplesmente da Júlia que vive um instrumento para não punir aqueles que comete crime de racismo” (Rep) Para dar continuidade à homenagem será realizada audiência pública na Comissão de Direitos Humanos para debater sobre os direitos humanos e a defesa da democracia, nesta terça-feira, dia 10. Sob supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado. Lívia Torres.

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