CPI do Crime Organizado ouve Ricardo Lewandowski nesta terça-feira
A CPI do Crime Organizado vai receber nesta terça-feira (9), a partir de 9 horas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O objetivo da reunião, pedida pelo relator do colegiado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE) é ouvir do convidado as ações implementadas pela pasta para o enfrentamento das organizações criminosas. Com base nessas informações, Alessandro Vieira acredita que será possível entender melhor como o Executivo vem lidando com esse problema e apontar medidas mais apropriadas para combater as facções.

Transcrição
A CPI do Crime Organizado vai receber o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O objetivo da reunião, pedida pelo relator do colegiado, senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, é ouvir do convidado as ações implementadas pela pasta para o enfrentamento das organizações criminosas. Com base nessas informações, Alessandro Vieira afirmou que será possível conhecer a real situação, avaliar a eficácia das medidas tomadas e apontar alternativas mais apropriadas para combater as facções. Ao justificar o requerimento de convite, o senador afirmou que o negócio dessas associações deixou de ser apenas o tráfico de drogas e armas e se espalhou por setores da economia.
Suplente da Comissão, o senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, acredita que a presença de Ricardo Lewandowski será uma oportunidade para esclarecer muitos fatos.
O ministro da Justiça precisa explicar, por exemplo, o que é que ele estava fazendo lá no Ceará, recebendo um título de cidadão cearense no dia seguinte da operação no Rio de Janeiro. Não era para ele estar no Rio de Janeiro primeiro, não era priorizar isso, ou é para priorizar vaidade, orgulho, né? Ainda deu uma declaração desastrosa dizendo que o estado do Ceará seria referência em segurança pública. Dos 12 municípios mais violentos do país, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança 10 estão entre Ceará e Bahia.
Já o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, acredita que Ricardo Lewandowski pode contribuir com o trabalho do colegiado de apurar o modo de funcionamento das organizações criminosas e de propor medidas para combatê-las.
Não só porque ele tem informações fidedignas sobre a situação hoje no Brasil em termos dessas facções e do crime organizado de um modo geral, como também uma pessoa que tem estudado soluções, tem apresentado essas soluções, vieram do Ministério da Justiça tanto a emenda constitucional que trata da segurança pública, quanto esse projeto de lei sobre as facções e o crime organizado.
Os trabalhos da CPI do Crime Organizado seguem até o dia 14 de abril de 2026. Até lá, os senadores vão apurar o funcionamento de facções e milícias, estrutura de tomada de decisões e atuação regional para identificar pontos na legislação que precisam ser aperfeiçoados para melhorar o enfrentamento dessas organizações. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

