CPI do Crime Organizado ouve na terça-feira diretores da Polícia Federal
A CPI do Crime Organizado vai ouvir na terça-feira (18) o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor de Inteligência da PF, Leandro Almada. Na quarta-feira (19), será a vez de os senadores discutirem a atuação das facções e milícias com o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter Morais, e o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Lincoln Gakiya. O relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), afirmou que esses depoimentos reforçam o compromisso da comissão de seguir uma linha de investigação técnica em busca de soluções para a falta de segurança no país.
Transcrição
Criada para investigar a atuação de facções e milícias, a CPI do Crime Organizado começa os trabalhos nesta terça-feira.
Por sugestão do relator, senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, será o primeiro a ser ouvido pela comissão.
Em agosto, a PF revelou um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e de combustíveis pelo PCC por meio de empresas e fintechs, que são bancos digitais.
Segundo a Polícia Federal, o PCC teria movimentado R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
Também será ouvido na mesma reunião o diretor de Inteligência da PF, Leandro Almada.
Alessandro Vieira avalia que estes depoimentos vão ajudar os senadores a entenderem a atuação e a expansão desses grupos em todo o País.
A CPI começa agora com essas primeiras oitivas que vão estar focadas no processo de diagnóstico do fenômeno da organização criminosa no Brasil, especialmente aquelas de maior gravidade e maior violência. Começamos ouvindo a direção da Polícia Federal e o seu serviço inteligência, a direção do Sistema Prisional Federal e também o promotor de São Paulo, Gakiya, que é um especialista reconhecido no estudo e no combate da principal facção brasileira, que é o PCC.
Na quarta-feira, os integrantes da CPI do Crime Organizado vão ouvir o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Lincoln Gakiya.
Ele é integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - Gaeco, e investiga o PCC há 25 anos.
Alessandro Vieira reforçou o compromisso de seguir uma linha de investigação técnica em busca de soluções para a falta de segurança no País.
Essas oitivas começam esse caminho diagnóstico e vai dar seguimento a esse passo a passo que ao final pretende entregar diagnóstico completo, soluções que funcionam para o Brasil poder resgatar sua segurança.
Também foi convidado para a reunião de quarta-feira da CPI do Crime Organizado o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter Morais. Da Rádio Senado, Hérica Christian.
