Plano Brasil Soberano é tema de audiência com setor de comércio exterior
Na terceira reunião da Comissão Mista, parlamentares e representantes do setor de comércio exterior discutiram a medida provisória (MPV 1309/2025), que cria o Plano Brasil Soberano e o Comitê de Acompanhamento das Relações Comerciais com os Estados Unidos. O texto é uma resposta às tarifas de até 50% impostas em julho pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.
Transcrição
A COMISSÃO RESPONSÁVEL POR DISCUTIR A MEDIDA PROVISÓRIA QUE INSTITUI O PLANO BRASIL SOBERANO REALIZOU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM REPRESENTANTES DO SETOR DE COMÉRCIO EXTERIOR.
PARA OS PARTICIPANTES, O PLANO CONTRIBUI PARA A DIVERSIFICAÇÃO DO MERCADO E A ABERTURA DE NOVAS NEGOCIAÇÕES. REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI.
A terceira reunião da Comissão Mista, que analisa a medida provisória que institui o Plano Brasil Soberano e o Comitê de Acompanhamento das Relações Comerciais com os Estados Unidos, contou com a presença de representantes do setor do comércio exterior. A MP é uma resposta às taxações de até 50% impostas em julho pelo governo norte-americano aos produtos brasileiros.
Segundo os debatedores, a medida pode abrir novos mercados. O coordenador de análise de mercado da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Ulisses Pimenta, citou o programa Exporta Mais Brasil, que pretende aproximar o comércio exterior dos empreendedores brasileiros.
(Ulisses Pimenta) "Essa é uma iniciativa que tem sido de grande relevância porque nós trazemos os compradores para cá. Isso é muito interessante porque evita custos adicionais dos nossos exportadores e tem acesso também principalmente de pequena e média empresas, que são os que mais precisam desse apoio."
Além disso, o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Philip Fox, destacou o acordo do Brasil com a União Europeia como um dos exemplos de diversificação do mercado promovido pelo Plano Brasil Soberano.
O Plano prevê o desenvolvimento de ações que possam mitigar os efeitos negativos da taxação, como a utilização de R$ 30 bilhões de reais do Fundo Garantidor de Exportações para a criação de linhas de financiamento às exportações.Também prevê a prorrogação da suspensão de tributos para empresas exportadoras e facilita a compra, por órgãos públicos, de alimentos que deixaram de ser exportados devido às tarifas.
Para o relator da comissão, senador Fernando Farias, do MDB de Alagoas, a medida provisória é essencial para o pequeno e médio produtor, que serão os mais afetado pelas taxações.
(senador Fernando Farias) "Pela tramitação desse MIP, ele está salvando muita coisa no Brasil, inclusive os pequenos. Quer dizer assim, a gente teve contatos com o pessoal das frutas, com o pessoal da pesca, da abelha, da apicultura."
Também estiveram presentes representantes do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Maria Beatriz Giusti.
