Subcomissão debate desafios no combate e prevenção ao câncer do colo do útero
A Subcomissão Temporária de Prevenção e Tratamento do Câncer fez uma audiência pública para discutir os desafios no combate ao câncer do colo do útero. Durante a reunião, foram abordados a eficácia da vacina, as políticas públicas voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce, além de novas tecnologias de rastreamento da doença. A principal causa do problema é a infecção por tipos específicos do vírus HPV, transmitido por via sexual.

Transcrição
A SUBCOMISSÃO QUE DISCUTE O ENFRENTAMENTO AO CÂNCER REALIZOU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER OS DESAFIOS NA PREVENÇÃO E NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
SEGUNDO DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, APENAS EM 2020, MAIS DE 10 MIL MORTES PELO HPV PODERIAM TER SIDO EVITADAS. REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI.
A subcomissão temporária para tratar da prevenção e do tratamento do câncer, conhecida como CASCANCER, realizou uma audiência pública para discutir os desafios na prevenção e no rastreamento do câncer do colo do útero.
A principal causa da doença é a infecção por tipos específicos do vírus do HPV, transmitida sexualmente. A reunião debateu a eficácia da vacina, políticas públicas de prevenção e diagnóstico precoce e novas tecnologias de rastreamento do câncer.
A autora do requerimento, senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, ressaltou a importância da vacina e os desafios para garantir o tratamento adequado.
O câncer não espera. De nada adianta a gente ficar discutindo aqui a prevenção se eu não garantir o tratamento.
De acordo com a representante do Ministério da Saúde, Ana Goretti, o método mais eficaz de prevenção é a vacinação contra o vírus. Goretti apresentou um estudo de 2021 da revista The Lancet que mostra que houve uma redução de 87% no risco de desenvolver o câncer em meninas que foram vacinadas com 12 ou 13 anos.
A médica cirurgiã oncológica, Rayane Cardoso, destacou que, quando uma mulher morre por câncer do colo do útero, o problema não foi apenas no momento do tratamento, mas em todo o processo, desde a infância.
Sonora: Então, a gente tem toda uma cadeia de falhas para que a gente chegue e fale que uma mulher faleceu de câncer de colo de útero. Eu entendo que como sociedade, como mulher, a gente falhou desde o começo. E eu trago isso com muita emoção, que é muito triste quando a gente tem uma paciente que venha falecer por câncer de colo de útero.
A comissão também aprovou um requerimento da senadora Dra. Eudócia, do PL de Alagoas, para uma audiência pública sobre os desafios na implementação da terapia nutricional para pacientes oncológicos. Com supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Maria Beatriz Giusti.

