Alerta sobre tromboembolismo em viagens de avião está em análise no Senado
A Comissão de Assuntos Sociais analisa o projeto que torna obrigatória a divulgação de alerta sobre tromboembolismo venoso nos bilhetes aéreos, aeroportos e dentro dos aviões (PL 5497/2023). Essa condição é caracterizada pela formação de coágulos nos vasos sanguíneos e pode levar à morte. A iniciativa é da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) e o relatório do senador Otto Alencar (PSD-BA) foi defendido na Comissão de Assuntos Sociais pelo senador dr. Hiran (PP-RR).

Transcrição
VIAGENS AÉREAS DE LONGA DURAÇÃO PODEM FAVORECER A FORMAÇÃO DE COÁGULOS NOS VASOS SANGUÍNEOS CONHECIDA COMO TROMBOSE OU TROMBOEMBOLISMO.
UM PROJETO EM ANÁLISE NO SENADO BUSCA ALERTAR OS VIAJANTES PARA ESSA CONDIÇÃO QUE PODE MATAR. REPÓRTER MARCELA DINIZ.
A Comissão de Assuntos Sociais analisa o projeto que torna obrigatória a divulgação de alerta sobre tromboembolismo venoso nos bilhetes aéreos, aeroportos e dentro dos aviões.
Essa condição é caracterizada pela formação de coágulos nos vasos sanguíneos e pode levar à morte.
O relator, senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, que é médico, explicou que a imobilidade prolongada nessas viagens pode afetar a circulação e contribuir com a formação de trombos.
Voos com mais de oito horas de duração elevam o risco de tromboembolismo em 26% a cada duas horas adicionais de viagem.
O senador Dr. Hiran, do Progressistas de Roraima, que é médico, alertou ainda para o perigo da embolia pulmonar, que é quando o coágulo se desloca para os pulmões.
(senador dr. Hiran) "A trombose venosa afeta cerca de 300 mil brasileiros todos os anos. É responsável por mais de 165 internações hospitalares por dia no país. Pode evoluir para embolia pulmonar, complicação em que 1 em cada 4 pessoas acometidas sofre morte súbita. A imobilidade prolongada, costumeira em viagem de longa distância, seja por ar, seja por terra, favorece a estase venosa, o que eleva o risco de tromboembolismo pulmonar."
Outros riscos para a trombose durante o voo são a hipóxia, que é o transporte insuficiente de oxigênio para o corpo, além da pressurização e da baixa umidade do ar nas cabines.
Gestantes, hipertensos, obesos, fumantes, quem passou por cirurgia recente, quem usa contraceptivos e viajantes que pegam voos seguidos são considerados grupos de maior vulnerabilidade.
A proposta da senadora Daniella Ribeiro, do Progressistas da Paraíba, já passou pela Comissão de Infraestrutura.
Se aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais, poderá seguir para a Câmara dos Deputados, se não houver pedido para votação no Plenário.
Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

