Brasiliense conquista ouro no judô e Senado discute formação de atletas
A judoca brasiliense Bianca Reis conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção, no Paraguai, e garantiu vaga para representar o Brasil em Lima, em 2027. O sonho de Bianca se conecta com a pauta da Comissão de Esporte do Senado, que discutiu estratégias para ampliar a presença de jovens no esporte olímpico e paralímpico. Especialistas destacaram, a importância da educação física no ensino médio, da qualificação de profissionais e de programas como o Transforma, que leva modalidades esportivas às escolas.

Transcrição
A JUDOCA BIANCA REIS, DE BRASÍLIA, CONQUISTOU A MEDALHA DE OURO NOS JOGOS PAN-AMERICANOS JÚNIOR DE ASSUNÇÃO, NO PARAGUAI. O FEITO SE SOMA A UM DEBATE NO SENADO SOBRE ESTRATÉGIAS PARA AMPLIAR A FORMAÇÃO ESPORTIVA NO PAÍS.
NA COMISSÃO DE ESPORTE, ESPECIALISTAS E DIRIGENTES ESPORTIVOS DISCUTIRAM FORMAS DE MELHORAR A ARTICULAÇÃO ENTRE CLUBES, CONFEDERAÇÕES E COMITÊS NA FORMAÇÃO DE JOVENS ATLETAS. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO.
A judoca de Brasília, Bianca Reis, colocou mais um ouro no peito ao vencer a disputa dos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção, no Paraguai.
A vitória garante vaga para os Jogos Pan-Americanos de 2027, em Lima.
Em conversa com a Rádio Senado, Bianca contou que o maior objetivo dela é viver do esporte.
(Bianca Reis) “É viver do esporte, é ser reconhecida como atleta, é tirar minha renda disso, é viver, aprender e crescer com o esporte que eu amo, treinando e competindo. Eu acho que vale muito a pena se você quer começar no judô ou em algum outro esporte. Você tem que abrir mão sim de muita coisa, é uma rotina de treino intensa, mas é um negócio que vale muito a pena, você aprende muito como pessoa, como atleta.”
O sonho de Bianca foi debatido na Comissão de Esporte do Senado, na audiência pública sobre estratégias para ampliar a presença de jovens no esporte olímpico e paralímpico, fortalecendo a formação de atletas no país.
Na reunião, especialistas destacaram a importância da educação física no ensino médio, da qualificação de profissionais e de programas como o Transforma, que leva modalidades esportivas às escolas.
Participaram do debate os presidentes do Comitê Olímpico e do Comitê Paralímpico do Brasil, do Comitê Brasileiro de Clubes e da Confederação Brasileira de Futebol, que defenderam mais articulação entre as entidades do sistema esportivo nacional.
No esporte paralímpico, a meta é integrar ações entre estados e municípios, ampliar o alcance de escolinhas e tornar permanente a Lei de Incentivo ao Esporte, garantindo mais verbas e oportunidades para novos talentos.
A senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, avalia que a parceria entre clubes e escolas é fundamental para revelar jovens atletas e democratizar o acesso ao esporte.
Ao citar exemplo inspirador do nadador paralímpico Samuel Puhl, de dez anos, ela cobrou mais investimentos para o esporte.
(senadora Augusta Brito) “Serve de exemplo de vida, porque ele está dando uma lição de moral em muitas pessoas que não têm algum tipo de deficiência e que ainda reclamam. E ele está lá feliz, mostrando que pode, que precisa da oportunidade, que não se faz política pública sem recurso, sem orçamento. Isso é uma questão também que é tudo bonito, é bom falar, mas se não tiver orçamento e se não tiver dentro do orçamento, a política pública não acontece.”
Esse foi o primeiro de quatro debates previstos para discutir a formação esportiva de jovens no Brasil.
As contribuições devem orientar propostas e recomendações que a Comissão de Esporte deve apresentar até o fim do ano para melhorar a política nacional de formação esportiva. Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Henrique Nascimento.

