Carlos Viana faz balanço da primeira etapa da CPMI do INSS — Rádio Senado
Descontos associativos

Carlos Viana faz balanço da primeira etapa da CPMI do INSS

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), fez um balanço dos trabalhos deste segundo semestre. O colegiado ouviu 32 pessoas e analisou grande volume de documentos. Segundo Viana, a visibilidade dada ao esquema de descontos fraudulentos no INSS contribuiu para dez prisões. O presidente adiantou que no ano que vem a comissão deve priorizar as irregularidades nos empréstimos consignados.

05/12/2025, 10h08
Duração de áudio: 01:39
Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Transcrição
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, fez um balanço dos trabalhos que começaram no dia 20 de agosto. Desde então, foram 32 depoimentos em 51 reuniões, quatro pedidos de prisão e 2841 requerimentos de convocação e quebras de sigilos apresentados. A comissão já recebeu mais de 250 gigas de arquivos. Carlos Viana ressaltou que o trabalho da CPMI deu visibilidade ao caso das fraudes em descontos associativos de aposentados e pensionistas do INSS, o que já permitiu a prisão de 10 envolvidos pela Polícia Federal. Segundo ele, a próxima fase de investigação vai focar os empréstimos consignados. (senador Carlos Viana) "Fevereiro nós vamos fazer uma análise com o relator sobre em que pé está o relatório, que essa primeira fase ele já está trabalhando nele. Nós vamos saber se precisamos ainda de algumas oitivas. Caso não sejam necessárias, nós já entramos, entraremos imediatamente na questão dos bancos". Carlos Viana afirmou que os pedidos de consignado sem autorização podem ter causado prejuízo para dois milhões de aposentados e pensionistas.  (senador Carlos Viana) "Está mais do que claro, nós temos quase 2 milhões de aposentados do Brasil que não pediram empréstimo, reclamam o tempo todo e nem sabem muitas vezes que são vítimas desse juro escorchante de 20%, 22% ao mês. Então nós temos que fazer o nosso papel e bem-feito, como a gente está fazendo". Se não houver prorrogação, a CPMI do INSS deverá concluir os trabalhos até 28 de março com a votação do relatório do deputado federal Alfredo Gaspar, do União de Alagoas. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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