Simone Tebet defende integração sul-americana e comenta impacto do plano de contingência no Orçamento
Na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que as rotas de integração sul-americanas têm cronograma de encerramento da parte brasileira das obras entre 2025 e 2027, com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A expectativa é incrementar o comércio na região e as exportações com a Ásia. Em resposta aos senadores, Simone Tebet disse que será mínimo o impacto do tarifaço dos Estados Unidos no Orçamento do governo federal.

Transcrição
EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL, MINISTRA DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO TRATOU DAS ROTAS DE INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANAS, QUE PROMETEM INCREMENTAR O COMÉRCIO E AS EXPORTAÇÕES NA REGIÃO.
SIMONE TEBET TAMBÉM FOI QUESTIONADA SOBRE O IMPACTO DO TARIFAÇO DOS ESTADOS UNIDOS SOBRE O ORÇAMENTO DO GOVERNO FEDERAL. REPÓRTER MARCELA DINIZ.
Na Comissão de Desenvolvimento Regional, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, apresentou um panorama sobre as cinco rotas de integração sul-americanas.
São elas: Ilha das Guianas, Amazônica, Quadrante Rondon, Bioceânica de Capricórnio e Bioceânica do Sul, esta última deve operar no ano que vem.
As demais têm cronograma de encerramento da parte brasileira até 2027 com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento a 190 projetos rodoviários, ferroviários, hidroviários, portuários e aeroportuários, além de linhas de transmissão e infovias.
A expectativa é incrementar o comércio na região que, no ano passado, representou apenas 11% do total de exportações brasileiras; além de facilitar o turismo e reduzir desigualdades regionais.
Simone Tebet também explicou que os corredores transnacionais encurtam o caminho para o continente asiático.
(Simone Tebet) "Porque essas rotas permitem, através dos portos da Colômbia, do Peru e do Chile, chegar mais próximo à China, à Índia, ao Vietnã, à Singapura, à Hong Kong, à Bangladesh, ao Japão, enfim, aos países asiáticos. Mas não é só isso: nós estamos falando de uma integração regional que diminui a desigualdade regional na América do Sul, que diminui a desigualdade regional no Brasil e que permite uma integração cultural, artística, turística."
Questionada pelos senadores sobre o impacto do plano de contingência em resposta ao tarifaço dos Estados Unidos no Orçamento da União, a ministra demonstrou otimismo na resolução de gargalos e confiança no Congresso Nacional nas propostas para ajudar os setores impactados.
(Simone Tebet) "O plano de contingência, ele vai ter um impacto fiscal muito pequeno. Eu ainda acredito que o café lá na frente vai sair da sobretaxa, como alguns outros produtos. Dentro daqueles que exportam, por exemplo, o carne, um das maiores frigoríficos que exportam pros Estados Unidos, ele exporta pra Europa, pros países da América do Sul, pra Ásia. E a gente vai mandar, obviamente, uma medida provisória pro Congresso e o Congresso vai nos ajudar a construir esse plano."
Para o senador Jayme Campos, do União de Mato Grosso, as obras estruturantes e o investimento em logística apresentados pela ministra são de interesse de todos e devem ser políticas de estado, independentemente de partidos.
(sen. Jayme Campos) "Na verdade, nós temos que fazer justiça. Nós não podemos confundir a questão ideológica, partidária, em relação ao planejamento e aos investimentos que o governo federal tem feito nesses últimos tempos."
Os senadores também defenderam mais investimentos em ferrovias, como a ferrogrão - para o escoamento da produção do Centro-Oeste - e rodovias federais, como a BR 470, em Santa Catarina. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

