Campanha Agosto Lilás é lançada no Senado
A edição 2025 da Campanha Agosto Lilás, de combate à violência contra a mulher, foi lançada nesta quarta-feira (6), na Comissão de Direitos Humanos, com o apoio da Bancada Feminina, da Diretoria-Geral do Senado e das Procuradorias da Mulher do Senado e da Câmara dos Deputados. O evento também contou com representantes do Instituto Banco Vermelho, que promove ações na luta pelo feminicídio zero; do governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria da Mulher; e da Polícia Militar do DF.

Transcrição
A CAMPANHA "AGOSTO LILÁS", DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, FOI LANÇADA PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS NESTA QUARTA-FEIRA.
A INICIATIVA CONTA COM O APOIO DA DIRETORIA-GERAL, DA BANCADA FEMININA E DAS PROCURADORIAS DA MULHER DO SENADO E DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER MARCELA DINIZ.
Quatro feminicídios e duzentos e cinco estupros por dia.
Essa foi a média desses dois crimes no ano passado.
Para enfrentar esse estado de guerra contra as mulheres e meninas, foi criada a campanha Agosto Lilás, em 2022.
O evento ocorre neste mês em alusão à Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, que é um marco no combate à violência de gênero.
A edição deste ano foi lançada nesta quarta-feira na Comissão de Direitos Humanos com o apoio da Bancada Feminina, da Diretoria-Geral do Senado e das Procuradorias da Mulher do Senado e da Câmara dos Deputados.
O evento também contou com representantes do Instituto Banco Vermelho, que promove ações na luta pelo feminicídio zero; e do governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria da Mulher.
A presidente da CDH, senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, destacou que o enfrentamento à violência doméstica e intrafamiliar precisa do engajamento dos homens também.
(sen. Damares Alves) ""Nós precisamos trazer todos os homens para esta luta. Essa não é uma luta tão somente de nós, mulheres."
A procuradora especial da mulher do Senado, Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, enfatizou a importância da denúncia para enfrentar a violência que ocorre, muitas vezes de forma silenciosa, dentro de casa.
Ela citou o caso Igor Cabral, que desfigurou a namorada ao agredi-la com 61 socos em Natal.
(sen. Zenaide Maia) "Essa violência que, muitas vezes, ninguém toma conhecimento porque é dentro de casa - às vezes, num elevador, como aconteceu recentemente. Se ali não tivesse câmeras, ninguém ia saber porque a covardia chega muito perto do agressor."
A chefe do Centro de Políticas de Segurança Pública da Polícia Militar do Distrito Federal, tenente-coronel Renata Braz Cardoso, explica que, diferentemente da violência urbana, em que a vítima exige justiça com a prisão do criminoso, na violência doméstica a vítima muitas vezes deseja somente que as agressões parem.
Ela citou que são inúmeros os fatores que fazem com que a mulher tenha dificuldade de romper o ciclo violento.
(Renata Braz Cardoso) "Ela tem vergonha, ela não tem autonomia econômica, ela sofre uma pressão familiar. Às vezes ela sofre até uma pressão da própria comunidade, da igreja e que a gente tem trabalhado muito junto às igrejas para ela ser um fator de proteção e não que a mulher fique em risco."
As denúncias de violência doméstica podem ser feitas pelo disque 180, Central de Atendimento à Mulher, ou 190, número de emergência da Polícia Militar. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

