Fraudes financeiras contra idosos devem mobilizar senadores no segundo semestre
Uma das prioridades dos senadores no segundo semestre são os idosos. Na pauta estão projetos que buscam prevenir golpes contra idosos, como o do senador Paulo Paim (PT-RS) que exige a presença física para a assinatura de empréstimos com pessoas acima de 60 anos (PLS 74/2023). Os parlamentares se preparam para dar início aos trabalhos da CPMI que vai investigar os descontos ilegais no INSS.

Transcrição
FRAUDES FINANCEIRAS CONTRA IDOSOS ESTARÃO NO CENTRO DAS PREOCUPAÇÕES DOS PARLAMENTARES NO SEGUNDO SEMESTRE. MAIS DETALHES COM A REPÓRTER RAÍSSA ABREU.
Segundo o IBGE, o percentual de idosos na população brasileira dobrou desde o início do século XXI: passou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023.
Diante dessa mudança no perfil etário, uma das preocupações do Senado são os crimes cometidos contra os idosos, especialmente as fraudes financeiras.
O autor do Estatuto do Idoso, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, por exemplo, quer que os bancos e instituições de crédito exijam a assinatura física em contratos de empréstimo consignado com pessoas acima dos 60 anos.
A proposta, que está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos, seria uma tentativa de evitar os golpes, que, na maioria das vezes, são praticados pelos próprios familiares, como ressaltou Paulo Paim.
(senador Paulo Paim) "Por ser um grupo vulnerável, a população idosa é a mais afetada pelos golpes financeiros hoje no Brasil. A falta de informação, de acesso às novas ferramentas de tecnologias e também de fiscalização provocam a fragilidade no sistema e deixam essa população desprotegida."
Já a presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pessoa Idosa, senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, é uma das autoras da CPMI dos descontos indevidos do INSS.
Para ela, o futuro da Previdência Social deveria estar entre os principais temas debatidos.
(senadora Damares Alves) "A gente vai ter que fazer uma discussão pé no chão, com toda sociedade, com o Parlamento, com os governos. Eu estou muito preocupada. A população brasileira está envelhecendo, graças a Deus com saúde, mas como é que nós vamos dar conta da Previdência daqui a 10, 15 anos? Os especialistas já apontam para um colapso. Então, quem sabe nessa CPMI a gente não possa fazer uma discussão sobre o futuro da Previdência no país?"
A CPMI do INSS deverá iniciar as investigações em agosto. Da Rádio Senado, Raíssa Abreu.

