Comissão aprova política de prevenção e tratamento da endometriose no SUS

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A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS APROVOU O PROJETO QUE CRIA A POLÍTICA NACIONAL DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE. REPÓRTER CESAR MENDES. A endometriose é uma doença crônica e progressiva, caracterizada pela presença do endométrio, a camada que reveste internamente a cavidade uterina, do lado de fora do útero. Renovado periodicamente durante o fluxo menstrual, nas pessoas acometidas pela endometriose o tecido fica depositado na cavidade pélvica e abdominal, provocando cólicas, sangramentos e dificuldade de engravidar, entre outros problemas. Sete milhões de mulheres são afetadas pela doença no Brasil, 57% delas com dores crônicas, sendo que a doença ainda é subdiaginosticada, segundo a Organização Mundial da Saúde. Aprovado pela Comissão de Direitos Humanos, o projeto institui a Política Nacional para Prevenir e Tratar a Endometriose, assegurando atendimento específico e especializado para as mulheres com essa condição no Sistema Único de Saúde. Caberá ao poder público elaborar regras sobre licenças médicas no trabalho, criar registro nacional sobre a doença e divulgar anualmente dados sobre a política. A relatora, senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, ressaltou o crescimento de mais de 70% nos atendimentos pela doença nos últimos três anos. (senadora Damares Alves) "Segundo dados do SUS, nos últimos anos, observou-se um aumento significativo nos atendimentos na atenção primária relacionados ao diagnóstico da endometriose. Em 2022, foram realizados 82.693 atendimentos, número que subiu, em 2023, para 115.765. Dados preliminares de 2024, pasmem, já indicam 145.744 atendimentos." O projeto segue agora para análise da Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.