Hamilton Mourão é eleito para Comissão de Controle das Atividades de Inteligência
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta terça (8) a indicação do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) para integrar a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI). A escolha foi feita por consenso entre os membros da CRE para a vaga que cabe ao colegiado. Mourão destacou que a inteligência é uma ferramenta de Estado essencial para a soberania nacional. Já o senador Jaques Wagner (PT-BA) destacou que é de "muita responsabilidade" e que exige sigilo.

Transcrição
O SENADOR HAMILTON MOURÃO FOI ELEITO PARA FAZER PARTE DA COMISSÃO MISTA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES DE INTELIGÊNCIA.
ELE FOI ESCOLHIDO POR CONSENSO PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES PARA AJUDAR A FISCALIZAR AÇÕES E POLÍTICAS DO SETOR.
REPÓRTER MARCELLA CUNHA
O senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, foi eleito por aclamação na Comissão de Relações Exteriores para compor a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência. Ele substitui o senador Cid Gomes, do PSB do Ceará, como o indicado da CRE. O órgão do Congresso Nacional é responsável por fiscalizar e acompanhar as atividades de inteligência do Brasil, especialmente as ligadas à Abin, a Agência Brasileira de Inteligência e ao Sistema Brasileiro de Inteligência. O senador Mourão lembrou que já atuou em missões ligadas à área enquanto esteve no Exército e como vice-presidente da República. Para ele, a inteligência é essencial para proteger a soberania nacional e não deve ser encarada como uma ferramenta de governo.
(senador Hamilton Mourão) "A atividade de inteligência é uma atividade de Estado muitas vezes incompreendida e obviamente a fiscalização feita pelos membros do Congresso Nacional é de extrema importância para a salvaguarda dos princípios que regem não só a atividade, como também o sistema democrático no qual todos nós vivemos."
Já o senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, lembrou que os membros dessa comissão podem requisitar informações classificadas, desde que mantenham o devido sigilo.
(senador Jaques Wagner) "Tenho certeza de que, com toda a trajetória numa atividade das Forças Armadas que trabalha com inteligência e sabe o que é segredo de Estado, o que não pode ser aberto, poderá dar essa serenidade, porque não dá para levar para dentro da CCAI briga político-partidária e ideológica. Essa coisa interessa ao país, então é preciso que a gente tenha serenidade para trabalhar com ela em busca da verdadeira informação."
Com a aprovação, a indicação segue para formalização pelo presidente do Senado, sem necessidade de votação em Plenário. A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência é formada por seis senadores e seis deputados. Entre os integrantes estão os presidentes das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional de ambas as Casas, que também fazem uma indicação cada. A próxima reunião está prevista para o dia 16 de julho. Na pauta, devem ser votados requerimentos que convidam o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a explicar as ações do Governo Federal nas áreas de fronteira. Também podem ser convocados o ministro da Defesa, o comandante da Marinha e o ministro de Minas e Energia, para esclarecer a atracação de navios de guerra iranianos no Porto do Rio de Janeiro, em 2023. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

