Comissão Mista aprova MP que reajusta soldos dos militares das Forças Armadas
A Comissão Mista que analisa a medida provisória (MPV 1293/2025), que trata do reajuste dos soldos dos militares das Forças Armadas, aprovou nesta terça-feira (8) o relatório do deputado federal General Pazuello (PL-RJ) favorável ao texto encaminhado em março pelo Executivo. Apesar de votarem pela aprovação do texto, o relator e o presidente da Comissão Mista, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) consideram o aumento irrisório. O texto será analisado agora pelos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

Transcrição
A COMISSÃO MISTA QUE ANALISA A MEDIDA PROVISÓRIA QUE TRATA DO REAJUSTE NOS VENCIMENTOS DOS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS APROVOU, SEM MUDANÇAS, O TEXTO ORIGINAL ENCAMINHADO PELO EXECUTIVO. A EMEPÊ SERÁ VOTADA AGORA PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS E PELO SENADO FEDERAL. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS.
A Comissão Mista que analisa a medida provisória que trata do reajuste dos soldos dos militares das Forçar Armadas aprovou nesta terça-feira o relatório do deputado federal General Pazuello, do PL do Rio de Janeiro, favorável ao texto encaminhado em março pelo Executivo.
A proposta do Planalto prevê reajuste de 9 por cento, dividido em duas parcelas de 4 e meio por cento. Uma já concedida em abril deste ano e a próxima, em a partir de janeiro de 2026.
De acordo com o Executivo, a dedicação exclusiva e a disponibilidade para cumprir missões de elevado risco justificam uma política remuneratória que estimule a permanência de profissionais qualificados na carreira.
O relator explicou que votou favoravelmente à emepê, porque a Constituição não permite aumento de despesa feita pelo Congresso Nacional em projeto de competência exclusiva do Executivo. Para ele, o reajuste proposto pelo governo federal é irrisório e não impede a evasão de militares, que, depois de anos de formação, buscam melhores salários nos setores público e privado. Mesmo assim, General Pazuello afirmou que o Planalto está aberto a negociações, para discutir mudanças na gratificação de militares em início de carreira.
Como, obviamente, nós tínhamos prazo e a gente não podia fazer uma negociação, sem sentar com as forças, sem mostrar ideia, ouvir se há alguma divergência nessa ou naquela ideia, a gente resolveu pedir aprovação como está e continuar as conversas já num outro nível, uma vez que nós sentimos que há a sensibilidade do governo sobre esse assunto.
Presidente da Comissão Mista, o senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, também considera insuficiente o reajuste proposto pelo Executivo.
O vencimento a qual os militares recebem não é uma questão de pura e simplesmente retribuir o trabalho. Não. É importante sempre destacar as servidões da carreira militar, que caracteriza-se aí pelas constantes movimentações, pelo risco de vida, a família que não consegue se estabelecer num determinado lugar, os filhos que trocam de colégio constantemente, tudo isso com consequências em algum momento.
Agora o texto seguirá para análise da Câmara dos Deputados e, em seguida, do Senado Federal. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

