Comissão analisa proposta da Rede Nacional de Observatórios da Mulher
Nesta quarta-feira (2), audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais analisou a criação da Rede Nacional de Observatórios da Mulher. A iniciativa visa alinhar dados de pesquisa na criação de políticas públicas voltadas à equidade de gênero e ao enfrentamento da violência contra a mulher. O projeto surgiu de um pedido da senadora Augusta Brito (PT-CE) durante sua presidência na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher. A audiência fez parte da programação do Encontro Nacional de Observatórios da Mulher, que terá outro evento nesta quinta-feira (3).

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS REALIZOU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A CRIAÇÃO DA REDE NACIONAL DE OBSERVATÓRIOS DA MULHER. A INICIATIVA DO SENADO VISA ANALISAR DADOS NA CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. REPÓRTER LANA DIAS.
A Comissão de Assuntos Sociais analisou a proposta de criação da Rede Nacional de Observatórios da Mulher durante uma audiência pública nesta quarta-feira. Os debates contaram com a participação de pesquisadoras e autoridades da área.
A Rede Nacional surgiu de um pedido da senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, quando era presidente da Comissão Mista Permanente de Combate à Violência contra a Mulher. A iniciativa tem como objetivo integrar e fortalecer ações de análise de dados para criação de políticas públicas voltadas à equidade de gênero e ao enfrentamento da violência. A Rede promove articulação entre o legislativo e instituições de pesquisa de todo o país.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou a importância da análise de dados na elaboração de políticas públicas.
Do ponto de vista da gente qualificar, entender, mensurar nas várias realidades desse país as situações de violência contra as mulheres. Não é só a denúncia. É a denúncia, a orientação, os serviços que nós temos disponíveis e que ainda são muito poucos diante da realidade que a gente tem.
De acordo com a senadora Augusta Brito, a criação da Rede Nacional é mais um passo em direção à equidade de gênero.
Com esse objetivo, que é um pouco audacioso, mas ao mesmo tempo, os desafios é que movem. E que nos movem, nós como mulheres, que sejam diretamente com cargos eletivos na política. Todo dia um obstáculo, todo dia uma dificuldade, que não é diferente em nenhum dos espaços que nós mulheres ocupamos. Não sendo vítimas, não estou vendendo aqui a dificuldade, mas sim a realidade que infelizmente a gente ainda enfrenta.
A pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas, Mirlene Simões, pediu por mais investimento em pesquisas e afirmou que não é possível desenvolver iniciativas sem orçamento adequado.
Não dá mais para a gente pensar que a gente vai ter igualdade em algumas áreas, na ciência, na política, daqui a 170 anos. Eu quero é pra já. E pra isso a gente precisa ter viabilidade financeira. E é claro, muita participação aqui da política presente.
Atualmente, a Rede Nacional de Observatórios da Mulher tem 54 observatórios parceiros vinculados ao poder público, universidades e sociedade civil. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Lana Dias.

