Comissão aprova projeto voltado ao cuidado de mães, pais e responsáveis atípicos — Rádio Senado
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Comissão aprova projeto voltado ao cuidado de mães, pais e responsáveis atípicos

A Comissão de Direitos Humanos aprovou o PL 1179/2024, que institui diretrizes para o programa "Cuidando de quem Cuida". A iniciativa é do senador Romário (PL-RJ) e previa, inicialmente, a atenção às mães atípicas, mas o substitutivo apresentado pela relatora, senadora Mara Gabrilli (PSD - SP), menciona, também, pais e responsáveis. A relatora encomendou uma pesquisa ao Instituto DataSenado e um dos resultados mostrou que 71% dos cuidadores precisam deixar seu trabalho para se dedicar em tempo integral aos filhos. O texto vai à Comissão de Assuntos Sociais.

14/05/2025, 17h11 - atualizado em 14/05/2025, 18h14
Duração de áudio: 02:04
Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Transcrição
QUEM CUIDA DE FILHOS ATÍPICOS ENFRENTA ROTINAS QUE PODEM LEVAR À EXAUSTÃO E AO ADOECIMENTO. UM PROJETO APROVADO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PROPÕE A ESTRUTURAÇÃO DE UM PROGRAMA VOLTADO PARA O APOIO A ESSES CUIDADORES. REPÓRTER MARCELA DINIZ: O projeto aprovado na Comissão de Direitos Humanos define diretrizes para o programa "Cuidando de quem cuida", voltado para quem tem filhos ou dependentes com doenças raras, deficiências, síndrome de Down, transtorno do espectro autista, déficit de atenção, dislexia ou outros transtornos de aprendizagem. A vida dessas pessoas é marcada por rotinas exaustivas e lutas constantes por direitos básicos como saúde, educação e acessibilidade. O projeto original do senador Romário, do PL do Rio de Janeiro, falava em atender as "mães atípicas", mas o texto alternativo apresentado pela relatora, Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, inclui pais e responsáveis legais, com o objetivo de reconhecer outros cuidadores e diminuir a atual sobrecarga das mulheres. A senadora destaca o resultado de uma pesquisa do Instituto DataSenado que mostra os sacrifícios cotidianos feitos por quem cuida de uma pessoa atípica: (sen. Mara Gabrilli) "Uma pesquisa que encomendamos ao DataSenado mostra que 79% desses cuidadores precisam deixar o trabalho e 71% cuidam em tempo integral. Cuidar de alguém é um ato de amor, mas pode levar ao esgotamento físico, emocional, financeiro, especialmente quando recai apenas sobre as mulheres." Mara Gabrilli elenca os serviços que deverão ser oferecidos a mães, pais e responsáveis atípicos no programa "Cuidando de quem cuida": (sen. Mara Gabrilli) " O programa vai oferecer aos cuidadores apoio emocional, psicológico e prático, como escuta, acolhimento, acesso a serviços de saúde, assistência e, principalmente, tempo para o autocuidado. Cuidar de quem cuida é promover justiça, reconhecimento e inclusão." O projeto segue para análise da Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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