Parlasul debate impasse sobre alternância de presidência entre Senado e Câmara
A Representação Brasileira no Parlasul discutiu nesta terça-feira a resposta do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sobre a alternância de presidentes entre Câmara e Senado. O impasse surgiu após a eleição do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) como presidente em 2023, desafiando a regra de revezamento entre as Casas. O senador Nelsinho Trad (PSD/MS) atual presidente do colegiado, reforçou que a questão de ordem deve orientar futuras eleições, evitando controvérsias. A próxima reunião será em 21 de maio.

Transcrição
O REVEZAMENTO ENTRE CÂMARA E SENADO NA PRESIDÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA E NA MESA DIRETORA DO PARLASUL É ALVO DE POLÊMICA ENTRE PARLAMENTARES DO GRUPO. O PRESIDENTE DO SENADO RECOMENDOU A MANUTENÇÃO DA REGRA DA ALTERNÂNCIA NOS CARGOS, MAS A DECISÃO GEROU DEBATE. A REPÓRTER MARINA DANTAS TRAZ MAIS DETALHES:
A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul discutiu nesta terça-feira a resposta do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em favor da alternância de presidentes da Câmara e do Senado, na representação brasileira e no Parlasul.
O parecer de Davi Alcolumbre foi lido pelo senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul.
(Nelsinho Trad): "Por força do princípio da alternância, no biênio 2025-2026, o presidente da Representação Brasileira no Parlasul, a ser eleito, deve necessariamente ser um deputado, enquanto o membro da Mesa Diretora do Palácio, a ser eleito na mesma data, deverá ser um senador."
Pela regra, o senador Nelsinho Trad, que é o atual presidente da representação brasileira, deverá passar o cargo para um deputado.
Só que também foi um deputado, Arlindo Chinaglia, do PT de São Paulo, que ganhou a eleição para presidente do Parlasul em dezembro, o que geraria a coincidência de deputado tanto na representação como na Mesa diretora.
Segundo ele, apesar da importância dos critérios regimentais de alternância, nem sempre esse rigor foi seguido nos últimos anos. Chinaglia pensa em recorrer para se manter na presidência do Parlasul.
(Arlindo Chinaglia): "É muito mais razoável você decidir que você vai encurtar o próximo mandato, e as pessoas se candidatariam sabendo disso, do que você atropelar o processo e encurtar o mandato. Essa é a minha questão central."
Em resposta, o senador Nelsinho Trad reforçou que o parecer do presidente do Senado supre uma lacuna regimental e deve servir de orientação para evitar futuras controvérsias nas eleições do Parlasul.A próxima reunião da representação brasileira deve acontecer no dia 21 de maio para buscar um entendimento sobre a eleição dos novos cargos. Sob supervsão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas.