Congresso Nacional vai sediar Fórum Parlamentar do Brics em momento estratégico para geopolítica global

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O CONGRESSO NACIONAL VAI SEDIAR, EM JUNHO, A 11ª EDIÇÃO DO FÓRUM PARLAMENTAR DO BRICS. O ENCONTRO ACONTECE EM UM MOMENTO ESTRATÉGICO DE DISPUTAS COMERCIAIS E GEOPOLÍTICAS, E DEVE REUNIR PARLAMENTARES DE MAIS 30 PAÍSES EM BRASÍLIA. A REPORTAGEM É DO REPÓRTER PAULO BARREIRA.  A 11ª edição do Fórum Parlamentar do Brics ocorrerá entre os dias 3 e 5 de junho, na sede do Parlamento, em Brasília. As reuniões acontecerão no Plenário, e devem reunir representantes de 31 casas legislativas e cerca de 150 parlamentares de outros países. O Fórum é realizado desde 2015, ocorrendo anualmente em um dos países-membros do grupo, com o objetivo de fortalecer a cooperação entre os parlamentos, além de promover o diálogo em torno de temas centrais como o desenvolvimento sustentável, a segurança internacional e a governança multilateral. Durante o evento, haverá dois encontros paralelos: um com mulheres parlamentares e outro com presidentes de comissões de relações exteriores de cada país. A edição deste ano será a primeira a contar com a participação dos chamados países parceiros, uma nova categoria criada na cúpula de Kazan, ocorrida na Rússia em 2024, para acolher nações que desejam se aproximar ou futuramente integrar no Brics com membros plenos.  Atualmente, o grupo é composto por 11 países: os fundadores, que são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos novos membros, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia. Juntos, esses países representam quase 40% do PIB mundial, cerca de 50% da população global, um quarto das trocas comerciais internacionais e concentram boa parte da produção de petróleo, gás natural, carvão e minerais. Fabrício Côrtes, assessor internacional da Diretoria-Geral do Senado e que coordenará o evento, destaca que o Brics se consolida como alternativa ao G7 e como articulador de uma nova ordem internacional, mais equilibrada e multipolar. (Fabrício Côrtes) “A importância do BRICS, hoje, tem ganhado uma centralidade, principalmente como alternativa econômica ao modelo tradicional representado pelo G7. De modo que o grupo se consolida hoje como esse agente da mudança, propondo uma reforma na governança global e promovendo uma nova arquitetura multipolar nas relações internacionais”. Côrtes avalia ainda que o encontro projeta o Brasil no cenário mundial e fortalece o papel do Congresso na diplomacia entre os parlamentos.  (Fabrício Côrtes) “Reforça o protagonismo do nosso país nas discussões multilaterais e na diplomacia entre os parlamentos. E de modo que o Congresso Nacional reafirma aqui seu compromisso com o papel da diplomacia parlamentar, cooperação internacional e o fortalecimento de instituições multilaterais”. A presidência rotativa do Brics, neste ano, está a cargo do Brasil, sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”. Os principais temas da liderança brasileira incluem a saúde global, o comércio internacional, as mudanças climáticas e o uso ético da inteligência artificial. Além disso, o país deve liderar a atualização da Estratégia para a Parceria Econômica dos Brics até 2030, com foco em desenvolvimento sustentável, economia digital e diversificação industrial. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Paulo Barreira.