Senado leva literatura, cidadania e memória à Bienal do Livro do Ceará
O Senado Federal participa da 15ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, em Fortaleza, com um estande recheado de publicações sobre cidadania, literatura e história. Entre os destaques, a obra 'Dálias', da poeta Auta de Souza, que faz parte da 'Coleção Escritoras do Brasil'. O espaço também apresenta títulos voltados ao público jovem, como a série 'Em Miúdos', que aborda leis brasileiras em linguagem acessível e divertida. A Bienal Internacional do Livro do Ceará vai até este domingo (13).

Transcrição
O SENADO MARCOU PRESENÇA NA BIENAL DO LIVRO DO CEARÁ COM OBRAS QUE CONECTAM LITERATURA, CIDADANIA E MEMÓRIA.
O DESTAQUE DESTE ANO FICOU PARA A COLEÇÃO 'ESCRITORAS DO BRASIL', COM A OBRA 'DÁLIAS', DA POETA NEGRA POTIGUAR AUTA DE SOUZA. A REPÓRTER MARINA DANTAS TRAZ MAIS DESTAQUES DO SENADO NA BIENAL DO LIVRO.
Com o tema “Das fogueiras ao fogo das palavras: mulheres, resistência e literatura”, a 15ª edição da Bienal Internacional do Livro do Ceará, em Fortaleza, trouxe programação recheada de palestras, oficinas, lançamentos de livros, contações de histórias e outras ações do campo literário.
Dentro da 'Coleção Escritoras do Brasil', a obra escolhida foi a da poeta negra potiguar Auta de Souza, 'Dálias', impressa pela primeira vez.
O exemplar é o oitavo volume da coleção, que tem até o momento 11 títulos. Um espaço instagramável simulando o quarto de escrita da poetisa também foi montado pela Livraria do Senado na Bienal.
O diretor da Secretaria de Editoração e Publicações do Senado, Rafael Chervenski, relembrou a importância dar espaço para obras de Auta de Souza para que a população conheça a história da maior poestisa mística do Brasil, que ainda assim, só teve um livro publicado em vida.
(Rafael Chervenski): "Ela viveu no fim do século 19 e ela teve uma história bastante marcada pelas lutas contra o machismo, contra o racismo, e ela conseguiu ir vencendo isso gradativamente mas não teve o reconhecimento necessário. Em 2021 a biblioteca do Senado Federal resolveu recuperar um manuscrito de Auta de Souza intitulado 'Dália', que traz uma escrita bastante pessoal das vivências dela, desse sofrimento que ela passou, o que nos dá bastante orgulho de poder ver que, mesmo que tardiamente, o Senado Federal consegue reconhecer uma das suas grandes poetisas."
Com mais de 8 mil livros no estande, a Livraria do Senado disponibilizou obras que vão desde publicações sobre legislações diversas a obras clássicas relacionadas à história do Brasil, um acervo de mais de 200 títulos.
Entre eles está a série Em Miúdos, que apresenta leis brasileiras em quadrinhos, com linguagem acessível ao público infantojuvenil.
Para Rafael Chervenski, iniciativas como essa contribuem para aproximar o público jovem do universo jurídico e despertar o interesse pela cidadania desde cedo.
(Rafael Chervenski): "Nós buscamos levar inicialmente as crianças à Constituição de maneira mais facilitada, pensada em transmitir valores de cidadania, de conteúdo das leis, de uma linguagem mais facilitada. Porque o juridiquez é chato, porque a gente vê que o interesse pela legislação, ele não tem hora nem para começar e nem para terminar, e a gente precisa entender como as pessoas vão compreender melhor esses conteúdos, vão entender os seus direitos, os seus deveres."
Outro título do Senado que ganhou destaque durante a Bienal Internacional do Livro do Ceará foi o recém-lançado 'Explode um Novo Brasil - Diário da Campanha das Diretas', que apresenta um relato detalhado sobre a campanha do movimento Diretas Já. Mais um ponto alto foi a 'Coleção Duzentos Anos de Constitucionalismo Brasileiro', que celebra a trajetória histórica das constituições do Brasil, com foco na importância do Senado e seu papel na preservação da democracia ao longo de dois séculos. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas.

