Comissão Mista de Inteligência quer ouvir Abin sobre monitoramento de autoridades do Paraguai
A instalação da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência nesta quarta-feira (2) ocorreu sob a repercussão das denúncias de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência contra autoridades do Paraguai durante as negociações da tarifa da Usina de Itaipu. O colegiado é responsável pelo controle externo das atividades de inteligência e praticadas por órgãos e entidades da administração pública federal, como a Agência Brasileira de Inteligência, as Forças Armadas e a Polícia Federal.

Transcrição
A COMISSÃO MISTA DE INTELIGÊNCIA QUER OUVIR A ABIN SOBRE INVASÃO HACKER NO PARAGUAI
UM FUNCIONÁRIO DO ÓRGÃO AFIRMOU QUE A ATUAL GESTÃO TERIA INVESTIGADO AUTORIDADES ENVOLVIDAS NAS NEGOCIAÇÕES DA USINA DE ITAIPU. REPÓRTER PEDRO PINCER.
A instalação da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência nesta quarta-feira ocorreu sob a repercussão das denúncias de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência contra autoridades do Paraguai durante as negociações da tarifa da Usina de Itaipu. O colegiado é responsável pelo controle externo das atividades de inteligência e praticadas por órgãos e entidades da administração pública federal, como a Agência Brasileira de Inteligência, as Forças Armadas e a Polícia Federal. A comissão deve votar na próxima semana requerimentos para ouvir os diretores-gerais da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e da PF, Andrei Rodrigues. O autor, dos pedidos, senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, ressaltou a gravidade do problema, que envolve questões diplomáticas
Da Abin nós precisamos notícias, e da Polícia Federal precisamos saber qual foi a interferência que ensejou essa notícia de vazamentos. O Paraguai convocou o embaixador do Brasil, em Assunção, para explicar e chamou para o Paraguai de volta o embaixador. Isso demonstra a gravidade do momento que nós vivemos.
Eleito vice-presidente do colegiado, o senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, frisou que a atividade de inteligência precisa de rigor, mas deve respeitar os limites legais e o controle democrático. E deixou claro que as consequências do episódio não podem comprometer a integração regional. Também presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad cobrou equilíbrio institucional, responsabilidade democrática e respeito ao país vizinho.
É essencial que tenhamos um sistema de inteligência robusto, íntegro e confiável. Não podemos aceitar desvios, pois qualquer ação irresponsável pode ter consequências graves para nossas relações internacionais, como, infelizmente, temos visto nos últimos dias com o Paraguai.
A presidência da comissão será do deputado Filipe Barros, do PL do Paraná, já que pela resolução que criou o colegiado, os presidentes das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional das duas Casas se alternam no comando, com mandatos de um ano. Da Rádio Senado, Pedro Pincer