Senadores pedem impeachment de Paulo Gonet — Rádio Senado
Crime de responsabilidade

Senadores pedem impeachment de Paulo Gonet

Foi protocolado na presidência do Senado o pedido de impeachment do procurador-geral da República, Paulo Gonet, por crime de responsabilidade. Ele é acusado de não cumprir seus deveres funcionais no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. Um dos senadores que assinou o pedido de impeachment de Gonet, Eduardo Girão (Novo-CE) lembrou que a Constituição atribui ao Senado o dever de agir em situações como essa.

13/03/2025, 17h28 - atualizado em 13/03/2025, 17h52
Duração de áudio: 02:13
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
JÁ ESTÁ NA PRESIDÊNCIA DO SENADO O PEDIDO DE IMPEACHMENT DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, PAULO GONET. NA PETIÇÃO, ASSINADA POR ONZE SENADORES, HÁ ENTRE OUTRAS ACUSAÇÕES A DE QUE GONET NÃO CUMPRIU SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS NA CONDUÇÃO DA DELAÇÃO PREMIADA DE MAURO CID, EX-AJUDANTE DE ORDENS DO EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, O QUE CONFIGURA CRIME DE RESPONSABILIDADE. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS. Já está na presidência do Senado o pedido de impeachment do procurador-geral da República, Paulo Gonet, pela suposta prática de crime de responsabilidade. Na petição apresentada pelo senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, e assinada por outros dez parlamentares, há a acusação de que Gonet não agiu conforme as regras, ao desconsiderar parte da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, nas denúncias contra as pessoas supostamente envolvidas nos atos de 8 de janeiro. Além disso, segundo o documento, pesa contra o procurador-geral da República a acusação de que não cumpriu suas atribuições, ao permitir a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no ato de delação premiada de Mauro Cid. Segundo Sebastião Coelho, ex-desembargador que também assinou a petição de impeachment, além de ameaçar o tenente-coronel, Alexandre de Moraes, como parte julgadora e vítima do caso, sequer deveria estar presente naquela ocasião. De acordo com ele, essas supostas ilegalidades na condução do caso foram praticadas na frente do procurador-geral da República. Então essa atitude foi gravíssima, além das omissões que ele praticou, nada estaria acontecendo. Hoje as práticas abusivas do ministro Alexandre Moraes não fosse a parceria decisiva do ilustre procurador Paulo Gonet. Eduardo Girão afirmou que, ao apresentar o pedido de impeachment de Gonet, está apenas cumprindo a Constituição, que atribui ao Senado a função de aprovar a indicação dele para o cargo, bem como de processá-lo e julgá-lo nos crimes de responsabilidade. Vários parlamentares independentes assinaram de vários partidos essa peça, porque nós precisamos fazer o que é correto. Então tem, me parece, uma subserviência de uma PGR que deveria ser autônoma, que é importantíssimo para a democracia do Brasil, que funcione com independência, e parece estar apenas sendo aí encomendada para fazer uma denúncia como essa. Agora caberá à presidência do Senado decidir se dá seguimento ou não ao pedido de impeachment de Paulo Gonet. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

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