Resolvidas pendências com Vale-gás e Pé-de-meia, Orçamento será votado no dia 19

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RELATOR DO ORÇAMENTO DE 2025 DIZ QUE GOVERNO DEVE FAZER CORTES, QUE ATINGEM PAGAMENTOS IRREGULARES DO BOLSA FAMÍLIA, PARA GARANTIR RECURSOS AO "PÉ DE MEIA" E "AUXÍLIO-GÁS". OPOSIÇÃO ALERTA PARA "PEDALADA FISCAL" NA DECISÃO DA EQUIPE ECONÔMICA DE NÃO INCLUIR NA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA AS FONTES DE RECURSOS DEFINIDAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Após reuniões com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o relator do Orçamento Geral da União de 2025, senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, anunciou que o governo vai fazer novos cortes para garantir o pagamento de programas sociais e das emendas parlamentares. Ele afirmou que o Auxílio-Gás, por exemplo, contará com um reforço de R$ 3 bilhões, além dos R$ 600 milhões já previstos. Angelo Coronel admitiu que o Pé de Meia só tem R$ 1 bilhão garantido para pagar a bolsa aos alunos de baixa renda do Ensino Médio de escolas públicas. Segundo ele, pelos próximos quatro meses, conforme decisão do Tribunal de Contas da União, o governo vai fazer ajustes no Orçamento para garantir mais R$ 10 bilhões. Angelo Coronel disse ainda que a equipe econômica vai se valer de R$ 8 bilhões provenientes da exclusão de pessoas que recebem o Bolsa Família de maneira irregular.  Vai ter um corte do Bolsa Família para tentar com isso ajustar muitos desvios que tem no Bolsa Família. Então, o governo está propondo um corte de R$ 8 bilhões como uma maneira de iniciar o saneamento do Bolsa Família. Há família em que recebem pai, filho mãe. Então, é uma maneira de iniciar o ajuste. É uma medida até impopular, mas eu acho que é necessária para acabar com fraudes porque tem gente, por exemplo, que está trabalhando, mas não quer a carteira assinada para não perder o Bolsa Família. Será uma maneira de começar a controlar supostos desvios do Bolsa Família. O senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, alertou que o governo corre o risco de responder pelo crime de responsabilidade fiscal se não definir no Orçamento as fontes de recursos para todas as despesas.  O governo está cometendo um erro. É uma decisão da Constituição. A Constituição é muito clara, você não pode lançar nenhum programa se não tiver previsão orçamentária. E aí já estão interpretando que pode ser parcial. O governo tem dificuldade em cortar qualquer coisa. O governo só pensa em arrecadar, arrecadar, criar mais impostos. É isso que o governo pensa. A gente não pode brincar com o Orçamento, o governo vai ter que fazer um esforço e estabelecer a prioridade, tem que dizer o que que é prioridade para ele e fazer o ajuste. Não dá para brincar e deixar realmente despesa por fora.  Apresentados os cortes até domingo, o Orçamento de 2025 poderá ser votado pela Comissão Mista na quarta-feira, dia 19, e em seguida pelo Congresso Nacional. Da Rádio Senado, Hérica Christian.