Debatedores cobram posicionamento do Brasil sobre conflito entre Rússia e Ucrânia — Rádio Senado
Relações Exteriores

Debatedores cobram posicionamento do Brasil sobre conflito entre Rússia e Ucrânia

Em meio às negociações de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, senadores cobraram do governo brasileiro uma posição mais clara com relação ao tema. Em fevereiro, quando o conflito completou três anos, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que reitera o apoio à integridade territorial ucraniana, mas o governo brasileiro se absteve de votar. Em reunião nesta terça-feira (11), o presidente do Grupo Parlamentar Brasil Ucrânia, senador Flávio Arns (PSB-PR), disse lamentar profundamente a posição do Brasil.

11/03/2025, 21h07 - ATUALIZADO EM 11/03/2025, 21h13
Duração de áudio: 03:19
Foto: Marcos Oliveira /Agência Senado

Transcrição
EM REUNIÃO DO GRUPO PARLAMENTAR BRASIL-UCRÂNIA, DEBATEDORES PEDIRAM UMA POSIÇÃO DO PAÍS SOBRE O CONFLITO COM A RÚSSIA O PRESIDENTE DO COLEGIADO LAMENTOU O FATO DE O GOVERNO BRASILEIRO NÃO TER VOTADO UMA RESOLUÇÃO DA ONU SOBRE O ASSUNTO. REPÓRTER PEDRO PINCER Em meio às negociações de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, senadores cobram do governo brasileiro uma posição mais clara com relação ao tema. Em fevereiro, quando o conflito completou três anos, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que reitera o apoio à integridade territorial ucraniana, mas o governo brasileiro se absteve de votar. As negociações de um acordo de paz estão sendo feitas na Arábia Saudita, onde diplomatas ucranianos e norte-americanos se encontraram nesta terça-feira. Após o encontro, a Ucrânia aceitou a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo imediato de 30 dias. A proposta ainda precisa ser aprovada pela Rússia e assinada pelas partes envolvidas no conflito. Em reunião nesta terça-feira, o presidente do Grupo Parlamentar Brasil Ucrânia, senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, disse lamentar profundamente a posição do Brasil de não apoiar a resolução da ONU. Tal resolução tinha o texto praticamente igual às propostas aprovadas pelas Nações Unidas nos anos anteriores, quando o Brasil havia, até então, sempre votado a favor.  Por isso fazemos um apelo ao Governo brasileiro para que haja de acordo com o que a população brasileira, temos certeza, deseja, que é a condenação à invasão. Para o embaixador do Brasil na Ucrânia, o governo brasileiro tem buscado atuar na defesa de uma solução diplomática para o fim da guerra. Não me canso de exaltar o fato de que o Brasil saiu da zona de conforto, não cruzou os braços e se ofereceu para construir essas pontes diplomáticas que preservam a soberania ucraniana, respeitam o princípio da integridade territorial e buscam simplesmente criar as condições para que ambos os lados possam sentar e negociar as suas expectativas de paz. Em fevereiro, o Senado aprovou em Plenário um voto de solidariedade à Ucrânia pelos três anos da invasão militar russa. O requerimento foi apresentado por Flávio Arns e apoiado por outros 41 senadores, maioria absoluta da Casa.  O voto foi enviado ao governo ucraniano. O apoio do Senado foi elogiado por representantes  da Ucrânia, como o conselheiro Andrii Borodenkov, que representou o embaixador do país no Brasil. A recente decisão de vocês por ocasião do terceiro aniversário da invasão de apoiar a volta de solidariedade com a Ucrânia é um gesto simbólico e altamente significativo. Uma maioria parlamentar absoluta de Senadores assinou essa resolução. E o apoio do Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou um profundo entendimento da justiça e da responsabilidade para com o futuro. Também participaram representantes da União Europeia e da embaixada do Reino Unido, entre outros. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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