Senadores do governo e da oposição comentam mensagem de Lula ao Congresso
Ao comentar a mensagem do presidente Lula, lida na sessão de abertura do Ano Legislativo, o senador Humberto Costa (PT-PE) ressaltou os avanços na área social. Ele destacou a redução da pobreza, do desemprego e do endividamento público, além do aumento da renda e a criação do programa Mais Professores. No entanto, ponderou que a continuidade dessas políticas exige responsabilidade fiscal, tornando a agenda econômica uma prioridade. Um dos pontos mencionados foi a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Sobre essa medida, o senador Marcos Rogério (PL-RO) afirmou que a proposta teve origem no governo Bolsonaro e que a oposição só a apoiará se a equipe econômica apresentar fontes de compensação para o benefício.

Transcrição
SENADORES ALIADOS DESTACAM AÇÕES SOCIAIS NO BALANÇO DE DOIS ANOS DE GOVERNO DO PRESIDENTE LULA.
OPOSIÇÃO DIZ QUE MUDANÇAS NA COBRANÇA DO IMPOSTO DE RENDA SÃO BANDEIRAS DO EX-PRESIDENTE BOLSONARO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
Os senadores governistas destacaram o balanço considerado positivo dos dois primeiros anos do mandato do presidente Lula. Na mensagem encaminhada ao Congresso Nacional, o petista citou o aumento do emprego, da renda, de investimentos no Minha Casa, Minha Vida, o programa Mais Professores, Mais Médicos, assim como a redução da pobreza, do déficit nas contas públicas e do desmatamento. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, afirmou que esses resultados se devem à responsabilidade fiscal. Por isso, comentou que a agenda ecônomia deverá ser prioridade neste ano com a votação do Orçamento de 2025 e a isenção da cobrança do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
E o outro tema que eu diria que o governo terá uma participação mais lateral, que é o da redução da jornada de trabalho que me parece ser também uma aspiração importante da população brasileira. A retomada do debate sobre a Reforma Tributária, agora mais focada na reforma da renda. Eu acredito que com esses pontos aí há entendimento com o Congresso Nacional e nós vamos poder avançar.
O senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, questionou a agenda econômica considerada prioritária pelo governo. E avisou que a oposição não vai apoiar qualquer aumento de impostos. Ele declarou ainda que cabe à equipe econômica definir as compensações para a reforma do Imposto de Renda.
A proposta de revisão da tabela do Imposto de Renda já foi apresentada lá atrás pelo presidente Bolsonaro. Portanto, nós que somos da oposição aqui no Parlamento nós já defendemos a revisão da tabela do Imposto de Renda. Agora o que não pode é o governo fazer populismo em cima disso. Ele dizer que vai fazer a revisão da tabela do Imposto de Renda e querer que o Congresso aponte de onde vai sair o custeio para isso. Cabe ao governo dizer de onde é que ele vai tirar, onde é que ele vai cortar para que a gente possa aprovar essa matéria.
Na lista de prioridade do governo neste ano ainda estão medidas de estímulo aos micr e pequenos empreendedores, o Plano Nacional de Educação, a proteção contra crimes nas redes sociais e o aumento da pena para incêndios ambientais provocados. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

