Mensagem do Judiciário ao Congresso destaca diálogo aberto entre Poderes
A mensagem do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, ao Legislativo destacou sua relação de diálogo franco e aberto com os novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, sem necessidade de intermediários. Para o senador Efraim Filho (União-PB), essa unidade contribuirá para restabelecer uma relação equilibrada entre os Poderes, especialmente com o Supremo, após as divergências sobre a suspensão das emendas parlamentares no ano passado.

Transcrição
EM DISCURSO DE ABERTURA DOS TRABALHOS LEGISLATIVOS, O PRESIDENTE DO SUPREMO, LUÍS ROBERTO BARROSO, REFORÇOU QUE O DIÁLOGO ENTE OS TRÊS PODERES É ABERTO E FRANCO, E NÃO HÁ NECESSIDADE DE RECADOS.
REPÓRTER MARCELLA CUNHA
Durante a sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos nesta segunda-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, reafirmou o compromisso do Poder Judiciário de ser parceiro do Congresso Nacional em tudo aquilo que, à luz da Constituição, for bom para o Brasil. Barroso afirmou, ainda, que é natural que haja divergências nas relações institucionais, mas que os atuais chefes dos Poderes torcem pelo sucesso um do outro.
Entre nós não há necessidade de recados, nós temos conversa direta, aberta e franca de pessoas que se querem bem, e que se ajudem, e quando eventualmente divergirem vamos ser capazes de sentaem uma mesa e instucionamente absorvemros a divergência. Pensamento único só existe nas ditadura, a característica da democracia é a divergência com civilidade e a capacidade de diálogo e de colocar argumentos na mesa.
Entre os senadores, o discurso repercutiu de forma positiva. Para o senador Efraim Filho, do União da Paraíba, o tom da mensagem reforça o entendimento que os novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, têm, juntos, o poder de ampliar o poder de negociação do Congresso Nacional, especialmente em relação ao Supremo.
Têm juntos um perfil que une força e serenidade que é capaz de restabelecer essa relação equilibrada entre os poderes, o governo e Supremo, especialmente. E o Congresso Nacional tendo a unidade interna, é o bom diálogo retornando na relação entre a Câmara e o Senado, fortalece a posição do Congresso nessa mesa de diálogo e negociação com os demais poderes.
Entre os temas sensíveis que envolvem o Congresso Nacional e o STF estão as emendas parlamentares, que tiveram a execução suspensa até que fossem aprovadas regras de transparência e rastreabilidade das verbas. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, acredita na melhora do diálogo.
Há uma disposição por parte do presidente da República, disposição por parte dos 2 presidentes da Câmara e do Senado e também do poder judiciário. No entanto, essas emendas precisam ser aplicadas com devido respeito à tranparência, na visão de que o verdadeiro executor do orçamento deve ser o poder Executivo.
Só em janeiro, o Senado já registrou sete novos pedidos de impechment conta ministros do STF, seis contra Alexandre de Moraes e um contra Dias Toffoli. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

