Senado aprova acordo com a China para a produção de novos satélites — Rádio Senado
Aprovações

Senado aprova acordo com a China para a produção de novos satélites

O plenário aprovou o PDL 361/2024 que ratifica o acordo assinado em Pequim, em abril de 2023, para o desenvolvimento e lançamento do sexto satélite da série CBERS, o CBERS-6. A nova tecnologia é capaz de gerar dados sob quaisquer condições climáticas, inclusive através de nuvens, fumaça e da copa das árvores, principais dificuldades encontradas no monitoramento de florestas. O relator, senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), também explicou que o novo modelo pode prever alterações em represas.

19/12/2024, 14h05
Duração de áudio: 02:41
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
O ACORDO ENTRE BRASIL E CHINA PARA A PRODUÇÃO DE NOVA GERAÇÃO DE SATÉLITES FOI APROVADO PELO SENADO. A TECNOLOGIA É CAPAZ DE GERAR DADOS POR MEIO DAS NUVENS E DA COPA DAS ÁRVORES, CONTRIBUINDO PARA O MONITORAMENTO DAS FLORESTAS, ALÉM DE AJUDAR A PREVER O ROMPIMENTO DE BARRAGENS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. O acordo entre Brasil e China para a construção e a operação de satélites de monitoramento remoto foi ratificado pelo Senado. Assinado em Pequim, em abril de 2023, o documento prevê o desenvolvimento e lançamento do sexto satélite da série CBERS. A tecnologia chamada de Radar de Abertura Sintética vai gerar dados sob quaisquer condições climáticas, inclusive por meio de nuvens, fumaça e da copa das árvores, principais dificuldades encontradas no monitoramento de florestas. O novo satélite também pode detectar pequenas alterações em barragens, antecipando o alerta para eventuais rompimentos. Segundo o relator, senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, a tecnologia vai permitir, ainda, que o Governo se antecipe a desmatamentos irregulares, ao flagrar os primeiros movimentos de corte das árvores. Antes do corte de uma árvore grande daquelas lá, obviamente tem que entrar com maquinário, tem que tirar o mato baixo, vamos chamar assim, os canopies mais baixos. E isso aí já é detectado pelo satélite. Portanto, a gente vai conseguir detectar um possível desmatamento antes que ele aconteça e aí a gente vai estar à frente do problema. Essa é uma grande vantagem disso. Além disso, ele serve também - imagina uma barragem... Se essa barragem tiver qualquer tipo de movimentação, por menor que seja, você pode detectar, antes que aconteça um acidente com o rompimento de uma barragem, que algum problema está acontecendo. O custo previsto para o desevolvimento e lançamento do satélite é de 51 milhões de dólares, ou cerca de R$ 316 milhões, para o Brasil e para a China, que pagará o mesmo valor e terá total acesso aos dados, que só podem ser compartilhados com outros países por consentimento mútuo das partes. Mas o senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, questionou o interesse chinês em colaborar com o Brasil. Ele declarou voto contrário à proposta em um momento de corte de gastos.    Com R$360 milhões, já com esse dólar chegando ao que chegou hoje, num completo descontrole, com tudo subindo no país, eu acredito que não seria prudente o Brasil entrar com esse valor, neste momento, já tendo tecnologia disponível. Nós teríamos, já pelo que está em funcionamento e disponível no Brasil, condição de suprir isso neste momento em que o Brasil está tendo que cortar tudo O acordo entre o Brasil e a China seguiu para promulgação. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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