Dia Internacional dos Direitos Humanos: atenção a populações vulneráveis
O Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12) relembra a necessidade de reconhecer o direito do ser humano de viver com dignidade, independentemente de nacionalidade, sexo, religião, raça, condição social ou língua. Para a coordenadora nacional da Articulação Nacional das Mulheres, Adriana Mota, os episódios de violência policial recentemente mostrados nos noticiários são inaceitáveis exemplos de violação dos direitos humanos.
Transcrição
NESTA TERÇA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO, SE COMEMORA O DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS, DATA QUE LEMBRA A ADOÇÃO, PELA ONU, DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS.
O ASSUNTO É MAIS ATUAL DO QUE NUNCA, COMO MOSTRA A REPORTAGEM DE MARINA DANTAS:
Em 1948, a Organização das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, texto essencial para refundar as bases da civilização, três anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Em 1950, para lembrar a adoção desse marco pelos direitos universais, a ONU criou o Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro.
No Brasil, essa luta vai além da data e se torna uma batalha diária. Mulheres, indígenas, negros, pobres e LGBTQIAP+ são grupos extremamente vulneráveis à violência no país. Para a coordenadora nacional da Articulação das Mulheres Brasileiras, Adriana Mota, se não lutarmos contra o racismo, o machismo e os preconceitos, não haverá plenitude de direitos humanos no país:
(Adriana Mota): "Se a gente não tinha nesse texto inicial da Declaração uma preocupação com o racismo, com as questões de gênero, hoje, são percebidas como pilares que estruturam as desigualdades. E não só a violência percebida, assim, como violência física, né? Mas a violência também da falta de acesso a qualquer tipo de política pública, né? A violência que impede o seu pleno desenvolvimento como pessoa."
A violência institucional também corta a sociedade e traz à tona feridas profundas. Para Adriana Mota, os recentes acontecimentos de abordagem policial violenta, como a morte de um homem com 11 tiros nas costas na cidade de São Paulo, são inaceitáveis:
(Adriana Mota): "Então, é muito importante que a gente pense nesse tipo de controle social sobre a ação institucional daquelas organizações que têm o dever de nos proteger, mas que estão atuando no sentido de violar direitos. A violação de direitos humanos por instituições como a polícia é injustificável e intolerável."
No Brasil, o Dia Internacional dos Direitos Humanos encerra a campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher, que teve inicío no Dia da Consciência Negra. Sob supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Marina Dantas.