Anúncio de acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia repercute no Senado

Transcrição
O ANÚNCIO DO ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO ENTRE O MERCOSUL E A UNIÃO EUROPEIA REPERCUTIU NO SENADO. A CONFIRMAÇÃO OFICIAL VEIO NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA, APÓS REUNIÃO DE LÍDERES DOS BLOCOS NO URUGUAI. REPÓRTER PEDRO PINCER: O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que tem como objetivo reduzir ou zerar as tarifas de importação e exportação entre os dois blocos, foi anunciado oficialmente na última sexta-feira, após a reunião de Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai. A assinatura do acordo acontecerá depois que os textos passarem por revisão jurídica e tradução para os idiomas oficiais dos países envolvidos. Iniciadas em 1999 e paralisadas depois de um acordo inicial, em 2019, as conversas foram retomadas nos últimos meses a pedido da Comissão Europeia. Estão previstos Tratados em temas importantes, como cooperação política e ambiental, livre-comércio e harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias, voltadas ao controle de pragas e doenças. O senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, que preside a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, falou sobre possibilidades econômicas para o Brasil com a efetivação do acordo, especialmente para o agronegócio: (sen. Nelsinho Trad) "Muito importante, principalmente para o setor agro, a assinatura do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia. O tão sonhado dia chegou, mas não há dúvida do benefício socioeconômico que esse acordo vai trazer para o nosso país, para o Brasil, principalmente para os produtores do agronegócio, porque é algo que nós já estamos esperando há muito tempo." Para o senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, o acordo é importante, mas ainda tem um longo caminho a percorrer: (sen. Hamilton Mourão) "Ele necessita ser ratificado por cada um dos parlamentos dos diferentes países da União Europeia, ou seja, não tem nada ainda definitivamente estabelecido assim como tem que ser ratificado aqui dentro dos parlamentos dos quatro países do Mercosul. Não resta dúvida que o acordo é importantíssimo, são complementares em muitos aspectos, desde que esses países compreendam essa complementariedade e não decidam praticar medidas protecionistas, como vem sendo o caso da França." Em nota, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o "pacto histórico inaugura a possibilidade do engrandecimento singular das relações comerciais entre os países integrantes dos blocos, elevando as interações a um novo patamar de desenvolvimento". Da Rádio Senado, Pedro Pincer.