Nova TV digital deve ser inclusiva e garantir privacidade, apontam especialistas — Rádio Senado
Audiência Pública

Nova TV digital deve ser inclusiva e garantir privacidade, apontam especialistas

O desenvolvimento de uma nova geração da televisão digital precisa assegurar a inclusão de todos os telespectadores e a privacidade de informações compartilhadas pelos usuários. A avaliação é de integrantes do Conselho de Comunicação Social, que participaram de uma audiência pública com especialistas sobre o assunto nesta segunda-feira (2).

02/12/2024, 19h15
Duração de áudio: 02:05
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
O DESENVOLVIMENTO DE UMA NOVA GERAÇÃO DA TELEVISÃO DIGITAL PRECISA ASSEGURAR A INCLUSÃO DE TODOS OS TELESPECTADORES E A PRIVACIDADE DE INFORMAÇÕES COMPARTILHADAS PELOS USUÁRIOS. A AVALIAÇÃO É DE INTEGRANTES DO CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, QUE PARTICIPARAM DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM ESPECIALISTAS SOBRE O ASSUNTO NESTA SEGUNDA-FEIRA. REPÓRTER PEDRO PINCER: A chamada TV 3.0 ou DTV+ deve entrar em operação em dois anos. Nesse novo sistema, emissoras de televisão aberta teriam ícones incluídos no cardápio de aplicativos dos aparelhos de televisão e poderiam ser acessadas como plataformas de conteúdo sob demanda. Em audiência sobre o assunto nesta segunda-feira, o presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, Miguel Matos, manifestou preocupação de que pessoas mais idosas ou menos habituadas aos ambiente digital acabem excluídas do processo: (Miguel Matos) "Quem não nasceu nessa geração, eu entendo que nós vamos tentar colocar os jovens que não assistem TV aberta, vão começar provavelmente a assistir porque esses mecanismos vão facilitar. Agora nós vamos excluir as pessoas mais velhas, eu acho, porque tudo aí já me pareceu difícil." Para a integrante do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre que desenvolve o novo modelo, Ana Eliza Faria, o futuro sistema vai prever mecanismos para que o usuário acesse facilmente o conteúdo dos canais abertos: (Ana Eliza Faria) "Por ser um ambiente de navegação novo, é que seja criado, ou que seja mantido, um acesso direto ao ambiente de TV aberta através do controle remoto. Isso é uma ferramenta para facilitar a adaptação do telespectador, que pode não reconhecer a TV aberta nesse ambiente." Também representando o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, Marcelo Moreno afirmou que o modelo em desenvolvimento no Brasil deve assegurar registros padronizados de privacidade. Já Paulo Alcoforado, da Agência Nacional do Cinema, avaliou que a TV brasileira está em posição de desvantagem competitiva em relação às plataformas de streaming. Para ele, o novo modelo deve buscar mais equilíbrio entre os dois serviços. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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