Comissão vai ouvir embaixador francês e Carrefour sobre críticas à carne brasileira
A Comissão de Relações Exteriores aprovou nesta quarta-feira (27) um requerimento convidando o embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, e o Diretor Presidente do Grupo Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) defende que é preciso ouvir qual a posição oficial da França sobre as declarações que colocam em cheque a qualidade da carne brasileira. Para ela, o problema foi agravado após deputados declararem no Parlamento que 'francês não pode por lixo no prato'.
Transcrição
A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES APROVOU UM REQUERIMENTO PARA OUVIR O EMBAIXADOR DA FRANÇA E O PRESIDENTE DO CARREFOUR NO BRASIL.
ELES QUEREM EXPLICAÇÕES SOBRE A DECISÃO DO GRUPO DE SUSPENDER A COMPRA DE CARNES DO MERCOSUL E A COMPARAÇÃO DA PROTEÍNA A LIXO FEITA POR DEPUTADOS FRANCESES. REPÓRTER MARCELLA CUNHA:
A Comissão de Relações Exteriores aprovou um convite para que sejam ouvidos o embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, e o Diretor Presidente do Grupo Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. A Comissão quer explicações sobre a a declaração do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, de que o carne brasileira não atenderia a critérios de qualidade franceses. Nesta terça-feira, um deputado francês chegou a comparar a carne brasileira a lixo, durante a votação simbólica no parlamento francês do acordo entre MercoSul e a União Europeia para a compra de carne. Para a senadora Tereza Cristina, do PP do Mato Grosso do Sul, a fala causou uma escalada do problema, e é preciso que a França exponha sua posição oficial diante do parlamento.
(sen. Tereza Cristina ) "Onde deputados de direita e de esquerda falaram que os produtos brasileiros são um lixo e que francês não pode por lixo no seu prato. Isso precisa de uma retratação. Então é por isso que quero incluir os dois franceses, o senhor embaixador, com o maior respeito, para que coloque para nós qual a posição da República Francesa,e o CEO do Carrefour já que é a segunda maior receita do Carrefour global é o Brasil, 23 bilhões todo ano."
Já o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, declarou que se trata de um episódio lamentável, que acarretou prejuízo, no que classificou como terror comercial:
(sen. Renan Calheiros) "Nós não temos elementos suficientes para concluir qual o propósito do mais alto executivo de uma rede internacional de hipermercados a fazer descabidas, afrontosas e absuradas delcarções sobre a qualidade, sesgurança, confiabilidade da carna braisleira, Não sabemos se a inverdade escamuteia alvos ocutlos. como per Foi um boicote que acabou sendo boicotado pelo próprio mercado."
Durante a discussão, o senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, sugeriu a demissão do CEO do Carrefour. O tema também será debatido na reunião do Parlasul, marcada para o dia 6 de dezembro. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.