CPI da manipulação de jogos: ministério do Esporte apresenta ações para combater fraudes
O Ministério do Esporte publicou portaria, nesta terça-feira (12), com medidas para combater a manipulação dos resultados de jogos esportivos passíveis de aposta. A pasta poderá firmar parcerias com organismos especializados para detectar, por meio de sistemas de monitoramento, padrões e comportamentos suspeitos. Essas informações foram dadas pelo secretário nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas.
Transcrição
NA CPI DA MANIPULAÇÃO DE JOGOS, MEDIDAS DO MINISTÉRIO DO ESPORTE PARA COMBATER FRAUDES FORAM APRESENTADAS AOS SENADORES.
O SECRETÁRIO NACIONAL DE APOSTAS ESPORTIVAS FOI OUVIDO NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER PEDRO PINCER:
O Ministério do Esporte publicou portaria, nesta terça-feira, com medidas para combater a manipulação dos resultados de jogos esportivos passíveis de aposta. A pasta poderá firmar parcerias com organismos especializados para detectar, por meio de sistemas de monitoramento, padrões e comportamentos suspeitos em eventos esportivos. Em caso de suspeita de manipulação, um processo administrativo poderá ser instaurado. O resultado final da apuração será encaminhado ao Comitê de Defesa do Jogo Limpo do COB, aos Tribunais de Justiça Desportiva, ao Ministério Público e às Polícias Federal e Civil para conhecimento e adoção de medidas legais necessárias. O Ministério também poderá fazer parcerias com agentes operadores para receber informações sobre possíveis violações das regras relacionadas a apostas esportivas, bem como sobre investigações e respectivas consequências. Essas informações foram dadas pelo secretário nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, que prestou depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Ele alertou para a necessidade urgente de providências para mitigar o problema:
(Giovanni Rocco Neto - Min. do Esporte) "Nós temos a total noção de que todas essas ações vão ser rápidas. Ação de combate, de manipulação, de resultado, ela tem que ser rápida. Porque o campeonato vai seguindo e se você não tiver uma ação rápida, a impunidade também toma conta."
O senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, elogiou a iniciativa e afirmou que as confederações esportivas precisam adotar resoluções semelhantes:
(senador Carlos Portinho) "Então, enfiar um bando de 209 alertas no STJD não vai dar em nada. O que a gente precisa é dessa iniciativa do governo. E a gente fala do futebol, da CBF, mas é bom deixar claro, todas as modalidades, o COB e as demais confederações, elas têm que adotar. Porque a gente sabe que tem manipulação em outras modalidades também."
O presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, André Gelfi, também foi ouvido na CPI. Ele ressaltou a importância do mercado regulado da modalidade lotérica de aposta de quota fixa, que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025:
(André Gelfi - Instituto Brasileiro de Jogo Responsável) "A sociedade brasileira, em especial que aderiu às apostas esportivas, deseja um mercado transparente, legal, que pague impostos onde as empresas são fiscalizadas e contribuem com políticas sociais do governo. Isso é o que a regulamentação geraria. Mais transparência e segurança, sempre tendo integridade esportiva e um ambiente saudável para o entretenimento como uma das principais referências."
A CPI também aprovou a convocação do empresário Willian Rogatto, preso na última sexta-feira, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O empresário afirma ser o responsável pelo rebaixamento de 42 equipes, o que lhe rendeu o apelido de "Rei do Rebaixamento" e um faturamento de R$ 300 milhões. Da Rádio Senado Pedro Pincer.