Estagiária da Rádio Senado vence prêmio do Instituto Vladimir Herzog
A estagiária da Rádio Senado, Júlia Lopes, foi a escolhida para representar o Centro-Oeste no 16º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, promovido pelo Instituto Vladimir Herzog. Com o documentário "De sonho e de pó: a vida das meninas e jovens mulheres no Sol Nascente, a maior favela do Brasil", Júlia Lopes e sua colega Júlia Giusti, com a supervisão da professora da UnB, Rafiza Varão, abordaram os sonhos das meninas que vivem na maior favela do país. O Prêmio foi entregue na última quarta-feira (30), em São Paulo.
Transcrição
O PRÊMIO VLADIMIR HERZOG PARA JOVENS JORNALISTAS TEVE COMO UMA DAS GANHADORAS DESTA EDIÇÃO A ESTAGIÁRIA DA RÁDIO SENADO, JÚLIA LOPES. O TROFÉU FOI ENTREGUE EM CERIMÔNIA NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO, EM SÃO PAULO.
O PROJETO PREMIADO DEU ORIGEM AO DOCUMENTÁRIO "DE SONHO E DE PÓ", QUE MOSTRA VIVÊNCIAS DE MENINAS QUE MORAM NA MAIOR FAVELA DO PAÍS, A COMUNIDADE DO SOL NASCENTE, NO DISTRITO FEDERAL. A REPORTAGEM É DE MARINA DANTAS:
A estagiária da Rádio Senado, Júlia Lopes, representou a região Centro-Oeste no 16º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão. Promovido pelo Instituto Vladimir Herzog e realizado desde 2009, na edição deste ano, o tema norteador das pautas foram os dados e informações do Censo Demográfico 2022, na busca de compreender a nova realidade da população brasileira. Júlia Lopes e Júlia Giusti da Costa, ambas estudantes de jornalismo da Universidade de Brasília, produziram o documentário "De sonho e de pó: a vida das meninas e jovens mulheres no Sol Nascente, a maior favela do Brasil". O filme traz vivências de seis meninas de 12 a 16 anos que compartilharam seus sonhos, ambições e visões de mundo a partir de onde moram, como nos conta Júlia Lopes:
(Júlia Lopes): "Foi assim que surgiu a ideia da pauta, mostrar quem são essas meninas, quem é o Sol Nascente de outro jeito, mostrar os sonhos, como elas enxergam o lugar que elas vivem e mostrar pras pessoas de fora daqui de Brasília, apresentar outra realidade. Então, assim, é uma sensação muito boa e uma sensação de dever cumprido, de sentir que você cumpriu com um papel social da sua profissão, com um olhar sensível, com um olhar bonito. Eu acho que foi essa missão que a gente passou pelo documentário."
A professora da faculdade de comunicação da UnB e orientadora do projeto, Rafiza Varão, acompanhou todo o processo de produção do documentário e acredita que o prêmio serve como selo de qualidade do fazer jornalístico jovem:
(Rafiza Varão): "Este é um dos prêmios mais importantes do jornalismo brasileiro hoje. Assim, o impacto do reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido a ponto de alcançarem o reconhecimento do Instituto Vladimir Herzog incide diretamente sobre a carreira dessas futuras jornalistas. O próprio esforço delas, a dedicação e o empenho em praticar um jornalismo correto fazem com que se delineie, e isso é o mais importante, uma carreira profissional de excelência, comprometida com os princípios éticos mais importantes do jornalismo."
Desde sua criação, o prêmio já mobilizou mais de 2.500 estudantes graduandos em jornalismo e colaborou com a produção de 58 reportagens investigativas realizadas por 137 alunos de diferentes instituições do país.
A iniciativa do concurso é em homenagem ao jornalista Fernando Pacheco Jordão, que atuou da linha de frente do desenvolvimento profissional de jovens na imprensa; e a Vladimir Herzog, jornalista assassinado após tortura por agentes da ditadura militar no ano de 1975, que virou símbolo da luta por liberdade de imprensa, democracia e Direitos Humanos. Sob supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Marina Dantas.