Polícia do Senado desmantela fraude contra parlamentares e companhia aérea — Rádio Senado
Investigação

Polícia do Senado desmantela fraude contra parlamentares e companhia aérea

Investigação da Polícia Legislativa do Senado iniciada em março deste ano desvenda golpe aplicado com pontos de milhagem de parlamentares para emissão de passagens aéreas. Bilhetes eram vendidos por criminosos em agência de viagens virtual. Fraude estimada em mais de R$ 2 milhões envolveu o nome de um senador e 91 deputados federais.

02/10/2024, 19h21 - ATUALIZADO EM 02/10/2024, 19h43
Duração de áudio: 01:45
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Transcrição
UM SENADOR E NOVENTA E UM DEPUTADOS FEDERAIS TIVERAM SEUS NOMES USADOS PARA EMISSÃO DE PASSAGENS AÉREAS COM PONTOS DE MILHAGEM. SEGUNDO INVESTIGAÇÃO DE POLICIAIS DO SENADO, BILHETES ERAM VENDIDOS POR CRIMINOSOS POR MEIO DE UMA AGÊNCIA DE VIAGENS VIRTUAL. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. A Polícia Legislativa do Senado e policiais civis do Paraná cumpriram mandado de busca e apreensão em Curitiba na operação montada para desarticular uma organização criminosa que aplicava golpes em parlamentares e em uma companhia aérea. A estimativa é que o prejuízo causado pelas fraudes ultrapasse dois milhões de reais. Foram apreendidos celulares, cartões de crédito e chips de telefonia com o apoio logístico do Núcleo de Investigação Cibernética da Polícia Civil do Paraná. O grupo de criminosos capturava de forma fraudulenta os pontos conquistados por parlamentares em programas de milhagem, convertendo-os em bilhetes de passagens aéreas que eram vendidos a terceiros. Coordenador de Polícia de Investigação e Judiciária, Geraldo César Oliveira explicou como os criminosos agiam, segundo a apuração dos policiais do Senado. Geraldo César Oliveira - A organização criminosa tinha como modus operandi fazer contato com uma companhia específica. O investigado se apresentava como parlamentar e ele se beneficiava do atendimento prioritário e pessoal que os parlamentares detêm e, se passando por eles, solicitava a emissão dessas passagens. Essas passagens eram previamente vendidas em uma agência virtual de propriedade do próprio investigado. Assim ele fazia cobrança posterior às pessoas. Algumas a gente sabe que acabavam pagando de boa fé, não sabiam da origem fraudulenta dessas passagens. Outros a gente ainda está em apuração. A operação foi iniciada em março deste ano pela Polícia Legislativa do Senado. O senador Dr. Hiran, do Progressistas de Roraima, e outros 91 deputados federais tiveram seus nomes usados na ação criminosa.  Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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