Comissão do Bicentenário da Confederação do Equador teve semana de trabalho na Paraíba — Rádio Senado
Atividade externa

Comissão do Bicentenário da Confederação do Equador teve semana de trabalho na Paraíba

A Comissão Temporária dos 200 Anos da Confederação do Equador teve, nesta semana, uma série de reuniões na Paraíba. Na terça-feira, com pesquisadores e membros do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico da Paraíba, o colegiado fez um levantamento da documentação histórica do movimento, trabalho que continuou na quarta-feira, no Museu Histórico da cidade de Campina Grande. Já na quinta-feira, a reunião aconteceu na Assembléia Legislativa da Paraíba e discutiu o papel do estado no movimento.

09/08/2024, 17h19 - ATUALIZADO EM 09/08/2024, 17h19
Duração de áudio: 03:04
Foto: Camila Dantas/Assessoria do gabinete da senadora Teresa Leitão

Transcrição
A COMISSÃO DO BICENTENÁRIO DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR REALIZOU, AO LONGO DA SEMANA, UMA SÉRIE DE REUNIÕES NA PARAÍBA. OS INTEGRANTES DA COMISSÃO ESTIVERAM EM JOÃO PESSOA E EM CAMPINA GRANDE. REPÓRTER CESAR MENDES: A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário contrário à monarquia de Dom Pedro I e em defesa da implantação de um regime republicano no Brasil. Teve início em Pernambuco, em 1824, mas logo se espalhou pelas  províncias vizinhas, como a Paraíba, o Rio Grande do Norte e o Ceará. Em dezembro do ano passado, o Senado criou uma comissão temporária para planejar e coordenar as celebrações dos 200 anos da Confederação do Equador, que esta semana se reuniu na Paraíba. Na terça-feira, com a participação de professores, especialistas e membros do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico da Paraíba, a reunião teve como objetivo fazer um levantamento da documentação histórica do movimento. Trabalho que continuou na quarta-feira, no Museu Histórico da cidade de Campina Grande, distante 128 quilômetros da capital do estado, João Pessoa. Já na quinta-feira, a reunião aconteceu na Assembléia Legislativa da Paraíba. O senador André Amaral, do União paraibano, destacou a importância da Confederação do Equador para a construção da identidade nordestina: (senador André Amaral) ''Todos esses movimentos revoltosos devem ter a sua história preservada e valorizada, pois contribuíram não somente na formação política do país, mas também para a construção da identidade nordestina, para a integração dos estados do Nordeste e para a consolidação do espírito democrático.'' Para Josemir Camilo de Melo, membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba, a presença da comissão do Senado no seu estado repara uma injustiça histórica causada pela historiografia nacional: (Josemir Camilo de Melo) ''Porque sempre se fala na Confederação do Equador em Pernambuco! Pernambuco é a mãe, não é? É a pátria da Confederação do Equador. Tudo bem! O Ceará também o é, e é pouco lembrado. E a Paraíba também o é, e é também, aliás, não só lembrada, é escanteada.'' Professora de História da Rede Estadual da Paraíba, Andreza Rodrigues dos Santos lembrou que o autoritarismo de Dom Pedro I foi o que motivou a deflagração da Confederação do Equador: (Andreza Rodrigues dos Santos) ''A Paraíba era governada por juntas governativas provisórias, e quem escolhia essas juntas, né? Eram as forças políticas locais, né, nas Câmaras, iam lá e escolhiam quem iria ser o representante. Simplesmente o governo central de Dom Pedro I vai lá fala: não, a partir de agora vai ser eu que vou escolher.'' Presidente do colegiado, a senadora Tereza Leitão, do PT de Pernambuco, não participou das reuniões desta semana na Paraíba, mas enviou um vídeo, exibido na quinta-feira, na Assembléia Legislativa, afirmando a importância de aprendermos as lições deixadas por Frei Caneca e por todos que se juntaram a ele em defesa da implantação do regime republicano no Brasil. A Comissão Temporária em Comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador funciona até março do ano que vem. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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