Rodrigo Pacheco e Chico Rodrigues criticam falta de transparência nas eleições venezuelanas — Rádio Senado
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Rodrigo Pacheco e Chico Rodrigues criticam falta de transparência nas eleições venezuelanas

Em nota, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, condenou a falta de lisura e transparência nas eleições venezuelanas, ocorridas no último domingo (28). Ele acrescentou que "a luta pela democracia não nos permite ser seletivos e casuístas" e "toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for". Também o senador Chico Rodrigues (PSB-RR), que acompanhou in loco as eleições, apontou a falta de transparência para legimitar o processo eleitoral na Venezuela.

30/07/2024, 14h27 - ATUALIZADO EM 30/07/2024, 15h24
Duração de áudio: 03:17
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
O PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHECO, CONDENOU O GOVERNO DA VENEZUELA POR SE AFASTAR DA TRANSPARÊNCIA NAS ELEIÇÕES OCORRIDAS NO ÚLTIMO DOMINGO. A REELEIÇÃO DE MADURO É CONSTESTADA POR DIVERSOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS. AS SUSPEIÇÕES FORAM CONFIRMADAS PELO SENADOR CHICO RODRIGUES, O ÚNICO PARLAMENTAR BRASILEIRO AUTORIZADO A ACOMPANHAR AS ELEIÇÕES EM CARACAS. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, divulgou uma nota lamentando a falta de lisura e  transparência no processo eleitoral Venezuelano, ocorrido no último domingo. Para Pacheco, a luta pela democracia não nos permite ser seletivos e toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for. Já o senador Chico Rodrigues, do PSB de Roraima, único parlamentar brasileiro que obteve autorização do governo venezulano para acompanhar pessoalmente as eleições, relata ter observado grande expectativa da população pelo fim do pleito e temor por ações que pudessem deslegitimar a votação. Nós, como observadores, achamos muito estranho porque a proclamação do resultado e a imediata posse do presidente, isso aí na verdade  chamou muita atenção, por que tanta pressa? Os boletins de urna ainda não tinham sido divulgados para opinião pública da Venezula e do mundo que estava observando o processo.  O relatório da Organização dos Estados Americanos, feito por observadores que acompanharam o pleito, afirma que há indícios de que o governo distorceu o resultado. O documento aponta que o Centro Nacional Eleitoral, a principal autoridade da Venezuela, não apresentou dados para comprovar o resultado e que os números divulgados revelam "erros aritméticos". Para Chico Rodrigues, os relatórios devem apenas confirmar as suspeições dos observadores internacionais convidados a acompanhar o pleito. Criou realmente essa nuvem de dúvidas que agora se reproduziu nos movimentos da reação da oposição que reclama, com razão, da não tranparência do pleito. Por isso que relatórios que serão apresentados serão resultados do que vimos com os próprios olhos, ou seja, não houve uma transparência para que pudessem legimitar o processo, portanto as eleições estão claro sob suspeição. Enquanto os resultados divulgados pelo órgão oficial apontam que Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, a oposição afirma que o opositor Edmundo González venceu com 70%. O desfecho das eleições não foi reconhecido pela maior parte da comunidade internacional, incluindo o governo brasileiro. Porém,  em nota, o PT reconheceu a vitória de Maduro na Venezuela no que classificou como uma "jornada pacífica, deomcrática e soberana". O texto pede, ainda, que o presidente reeleito “continue o diálogo com a oposição” e afirma ter a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral dará tratamento respeitodo para todos os recursos recebidos. Chico Rodrigues é membro da Comissão de Relações Exteriores e presidente do grupo parlamentar Brasil-Venezuela. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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