Defesa Cibernética: especialistas pedem criação de Agência de Segurança Digital — Rádio Senado
Audiência Pública

Defesa Cibernética: especialistas pedem criação de Agência de Segurança Digital

O grupo faz parte da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado e foi criado em 2023 para acompanhar a política pública relacionada à defesa cibernética no Brasil. A instituição de uma Agência Nacional de Segurança Digital no país seguiria uma tendência da Europa, dos Estados Unidos e da Austrália e seria um incremento na proteção contra ataques digitais, segundo especialistas ouvidos em audiência pública.

11/07/2024, 19h21 - ATUALIZADO EM 11/07/2024, 19h40
Duração de áudio: 02:58
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
OS CRIMES CIBERNÉTICOS SÃO PREOCUPAÇÃO EM TODO O MUNDO PRINCIPALMENTE APÓS A PANDEMIA E A CRIAÇÃO DE UMA AGÊNCIA DE SEGURANÇA DIGITAL É RECOMENDADA POR ESPECIALISTAS. UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO EXPÔS OS RISCOS PARA OS SETORES PÚBLICO E PRIVADO - E TAMBÉM PARA CADA UM DE NÓS - O QUE DEMANDA ATUAÇÃO CONJUNTA E RÁPIDA. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO: Os riscos internacionais em segurança cibernética e a importância de se criar uma agência nacional de segurança digital no Brasil foram temas de audiência pública da Subcomissão de Defesa Cibernética do Senado. O colegiado permanente criado em 2023 para acompanhar a política pública relacionada à defesa cibernética, é presidido pelo senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, e faz parte da Comissão de Relações Exteriores. Especialista em segurança cibernética do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Santiago Paz chamou atenção para o cenário de risco cibernético no Brasil e no mundo: (Santiago Paz) "O Fórum Econômico Mundial considera o risco cibernético um dos dez maiores riscos do mundo. Uma vez depois da pandemia, a quantidade de incidentes no ano foi duplicada nos últimos quatro anos e isso está muito relacionado com o aumento da transformação digital. Todos os governos, todas as empresas tiveram que fazer uma transformação digital muito grande. A exposição cresceu: mais ataques." Santiago Paz afirmou que alguns países da Europa, os Estados Unidos e a Austrália investem anualmente em agências de cibersegurança entre vinte e duzentos milhões de dólares, com quadros de funcionários que variam de 150 a 800 pessoas. O investimento na área foi considerado essencial para o Brasil, conforme avaliação do diretor de Segurança da Informação do Google, Jorge Blanco, que você ouve em tradução simultânea: (Jorge Blanco) "Na medida em que o Brasil continua crescer em significância econômica e geopolítica vai permanecer um alvo para vários atores com diversas motivações. Esse cenário é uma arena complexa, desenvolvido e expandido ao longo dos anos pela convergência de ameaças globais e locais. Para efetivamente salvaguardar as empresas e os usuários brasileiros é importante ter uma tendência proativa para a cibersegurança." Chefe da área de setor público da Cloudfare, empresa dos Estados Unidos que oferece rede de distribuição de conteúdo, serviços de segurança da internet e de servidor, Paulo Manzato apontou a importância da cooperação entre o poder público e o setor privado para assegurar proteção contra crimes cibernéticos: (Paulo Manzato) "A complexidade e a sofisticação dos ataques cibernéticos exigem uma abordagem colaborativa para garantir uma defesa eficaz para governos, empresas e indivíduos em todo o mundo. A cooperação é essencial para enfrentar esses desafios de forma eficiente." Também participaram da audiência representantes da Agência Americana de Cibersegurança e Infraestrutura e de outras empresas do setor e de advocacia. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

Ao vivo
00:0000:00