Senado debate a tragédia climática no Rio Grande do Sul — Rádio Senado
Sessão temática

Senado debate a tragédia climática no Rio Grande do Sul

Senadores, representantes do governo e especialistas discutiram numa sessão temática do Plenário a tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul (Req 322/2024). O presidente do senado, Rodrigo Pachedo (PSD-MG), expressou novamente solidariedade ao povo gaúcho. Leila Barros (PDT-DF) disse que viu um cenário de guerra na visita que fez ao município de Canoas. O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, já pediu aos prefeitos dos municípios atingidos um levantamento das casas a serem reconstruídas para a liberação de um crédito extraordinário.

27/05/2024, 14h10 - ATUALIZADO EM 27/05/2024, 14h11
Duração de áudio: 03:59
Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
EM SESSÃO TEMÁTICA NO PLENÁRIO, SENADORES DISCUTIRAM MEDIDAS PARA O ENFRENTAMENTO DA TRAGÉDIA CLIMÁTICA QUE ATINGE O RIO GRANDE DO SUL. O PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHECO, EXPRESSOU MAIS UMA VEZ SOLIDARIEDADE AO POVO GAÚCHO. A REPORTAGEM É DE CESAR MENDES. No dia 29 de abril, o Instituto Nacional de Meteorologia - Inmet - emitiu o primeiro alerta vermelho de volume elevado de chuvas no Rio Grande do Sul. De acordo com os especialistas, o fenômeno foi provocado por uma massa de ar quente sobre a área central do país, que bloqueou a frente fria que havia chegado à região Sul e fez com que a instabilidade climática permanecesse sobre o estado, causando chuvas intensas e contínuas. O  aquecimento global e o fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico, potencializaram o volume das chuvas. No dia primeiro de maio, o Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública e de lá para cá já foram contabilizados 169 mortos, 469 municípios afetados, mais de 55 mil pessoas desabrigadas e 581 mil  desalojadas. Na sessão temática para discutir a destruição provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, voltou a expressar solidariedade à população atingida pela tragédia. (senador Rodrigo Pacheco) '' Por mais que possamos tentar, não conseguimos sequer imaginar o que vive a população gaúcha neste momento. Quero reafirmar que o Congresso Nacional brasileiro está permanentemente ao lado dos nossos compatriotas do Rio Grande do Sul.'' Presidente da Comissão de Meio Ambiente, a senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, fez um relato dramático da visita que fez às areas atingidas. (senadora Leila Barros) ''  Na última semana, estivemos pessoalmente na região do município de Canoas. As imagens que vi são devastadoras. A situação é, sem exageros, de um verdadeiro cenário de guerra.'' Presidente da Comissão Temporária Externa para acompanhar o enfrentamento da calamidade provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul e apresentar medidas legislativas para a superação da tragédia, o senador Paulo Paim, do PT Gaúcho, anunciou a apresentação de uma lista dos projetos já selicionados para votação. E destacou o momento da entrega, ao povo gaúcho, das mais de cem toneladas de doações recolhidas pelo Senado. (senador Paulo Paim) '' O momento mais bonito, desculpem todos, foi quando nós entregamos cobertor? Não, nós entregamos. Quando nós entregamos remédio? Não! O momento mais emocionante foi quando nós entregamos centenas e centenas de brinquedos para as crianças. O sorriso estampou no rosto de cada um, abraçando aquele brinquedinho, uma boneca, um carrinho, fosse o que fosse, era só carinho e solidariedade. Vida longa às crianças brasileiras!''  (Palmas) Relator da comissão, Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, disse que é fundamental o fortalecimento dos sistemas de alerta precoce e a capacitação das comunidades para responderem aos desastres. (senador Hamilton Mourão) '' Não se pode mais ignorar os sinais claros de que o clima está mudando e de que suas consequências são devastadoras.'' O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, disse que o Brasil precisa entender a urgência climática e incluir essas despesas no Orçamento.  '' Este é o novo normal. Se a resiliência às nossas cidades não for uma prioridade para este país, nas obras de prevenção a desastres, nós iremos ver tragédias como essa cada vez mais frequentes. O Brasil terá um custo maior se nós não tratarmos de prevenção como prioridade nesse país.'' Jader Barbalho disse aos senadores que iniciou, na semana passada, conversas com os prefeitos dos muncípios atingidos sobre a reconstrução das casas destruídas pelas chuvas, mas até o momento apenas 54 dos cerca de 400 municípios apresentaram um levantamento do que foi perdido. Essas informações, de acordo com o ministro, serão fundamentais para a liberação do crédito extraordinário necessário para a reconstrução das residências destruídas. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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