Presidente do São Paulo nega ter conhecimento sobre manipulação de resultados e pede provas a John Textor — Rádio Senado
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Presidente do São Paulo nega ter conhecimento sobre manipulação de resultados e pede provas a John Textor

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a manipulação de jogos e as apostas esportivas ouviu, nesta quarta-feira (22),  o presidente do São Paulo Futebol Clube, Julio Casares. Ele negou que o time tenha vendido resultado quando perdeu de cinco a zero para o Palmeiras, conforme denúncia do proprietário da Sociedade Anônima de Futebol do Botafogo, John Textor. O colegiado também ouviu representantes do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol.

22/05/2024, 20h35 - ATUALIZADO EM 22/05/2024, 20h37
Duração de áudio: 02:38
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
EM DEPOIMENTO À CPI, PRESIDENTE DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE NEGOU TER CONHECIMENTO SOBRE MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS. OS SENADORES TAMBÉM OUVIRAM REPRESENTANTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA. A REPORTAGEM É DE PEDRO PINCER: A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a manipulação de jogos e as apostas esportivas ouviu, nesta quarta-feira, o presidente do São Paulo Futebol Clube, Julio Casares. Ele negou que o time tenha vendido resultado quando perdeu de cinco a zero para o Palmeiras, conforme denúncia do proprietário da Sociedade Anônima de Futebol do Botafogo, John Textor. Casares disse que naquele jogo ocorreu "uma infelicidade". Ele não admite o argumento de que os jogadores do Tricolor Paulista tenham feito "corpo mole", ou seja, tenham deixado de se esforçar para ganhar o jogo, facilitando a vitória do adversário. Casares declarou que o clube pediu que as provas da denúncia sejam apresentadas à Justiça e disse que é a favor de todas as investigações: (sen. Julio Casares) "Mas eu acho que toda denúncia, seja ela qual for, deve ter o curso da apuração, e é isso que está sendo feito aqui.Agora, se foi uma bravata, jogar pra torcida ou justificar a perda de um campeonato, ele escolheu, na minha visão, a porta errada. Não vão brincar com o São Paulo, não vão brincar com uma CPI que é tão séria e não vão brincar com a opinião pública." A CPI também ouviu representantes do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol. O presidente do órgão, José Perdiz de Jesus,  afirmou que o tribunal tem sido rigoroso nas punições de envolvidos nesses casos e que a questão das manipulações é o tema “mais relevante” para o futebol atualmente. Ele citou a atuação do tribunal na Operação Penalidade Máxima, conjunto de ações do Ministério Público do Estado de Goiás que investiga a chamada "Máfia das Apostas": (José Perdiz) "Talvez tenha sido um dos colaboradores que efetivamente puniu aqueles participantes, porque a legislação  permite que os condenados ou os investigados não tenham uma punição, a chamada não persecução penal, e façam acordos. E, no STJD, apesar de existir essa possibilidade, os jogadores que estavam envolvidos foram suspensos." Já o procurador-chefe do STJD, Ronaldo Piacente, disse que John Textor apresentou um relatório da empresa Good Game! para justificar as suspeitas, mas o documento tem como base apenas a performance dos jogadores. O colegiado também aprovou pedidos para ouvir quatro apostadores denunciados pela Operação Penalidade Máxima, além da equipe de árbitros do VAR que atuaram na partida entre Botafogo e Palmeiras, em 1º de novembro de 2023. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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