Senadores debatem com especialistas estratégias para enfrentar a dengue

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EM RESPOSTA AO CRESCENTE NÚMERO DE CONTAMINAÇÕES E MORTES, A COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEBATEU ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAR A DENGUE. OS ESPECIALISTAS DEFENDERAM VACINAS, CAMPANHAS DE PREVENÇÃO E PRODUÇÃO DE UMA BACTÉRIA QUE BLOQUEIA O VÍRUS. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. A Comissão de Ciência e Tecnologia debateu estratégias e as tecnologias disponíveis para combater a dengue no país. A audiência contou com a presença de representantes do governo, especialistas em saúde e professores. O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Luciano Moreira, anunciou a construção de uma biofábrica para produção em escala da wolbachia, uma bactéria que bloqueia o vírus da dengue, zika e chikungunya. Ele ressaltou que o espaço terá capacidade para atender 70 milhões de brasileiros em 10 anos.  "A Wolbachia, que é a grande protagonista desse programa, é um micro-organismo muito comum na natureza. Ano passado, foi anunciada uma parceria para a construção de uma grande biofábrica para a produção de mosquitos com Wolbachia aqui no país. A nossa projeção é que, num pico de produção, podemos produzir até 100 milhões de ovos de mosquitos com Wolbachia por semana e poder atender uma população de mais de 70 milhões de habitantes em 10 anos." O representante do Ministério de Ciência e Tecnologia, Thiago de Moraes, defendeu a atuação da pasta no desenvolvimento das vacinas e a integração com o Ministério da Saúde. "É importante a gente continuar, é claro que a gente já tem a vacina comercial disponível, o Butantan está finalizando a sua e em breve deve estar no mercado também, mas a gente não pode abdicar do desenvolvimento, então o papel da MCTI atuar lá atrás nas etapas iniciais de desenvolvimento a gente tem continuado fazendo isso, apoiando o desenvolvimento de novas tecnologias de vacina. A gente tem que disponibilizar uma variedade maior de ferramentas para o Ministério da Saúde enfrentar os problemas da saúde pública." O ex-ministro de Ciência e Tecnologia, e senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, cobrou a votação de um projeto dele que permite a entrada de agentes de saúde em casas vazias para combater os focos do mosquito.  "Eu coloquei também aqui no Senado um projeto de lei que está em tramitação e praticamente em regime de urgência, eu vou pedir, inclusive, para que isso seja fato, para que permita que os nossos agentes de saúde entrem nas casas abandonadas, as casas fechadas, que ali é um potencial criador de mosquitos de dengue, e ficam fechadas e por causa de toda a burocracia para que esses agentes possam entrar, fica mais difícil o combate." Segundo o Ministério da Saúde, já foram notificados mais de 1 milhão e 200 mil casos e registradas 299 mortes este ano. A orientação da pasta é aumentar a faixa etária vacinal para 14 anos. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.