Senado debate vacinação de crianças brasileiras contra covid
O Plenário do Senado discutiu a inclusão da vacina contra covid-19 no Programa Nacional de Imunizações - PNI a partir do início deste ano (Nota Técnica 118/2023). O senador Eduardo Girão (Novo-CE), autor do pedido de debate, disse que os pais devem ter automia para não vacinarem as crianças. O cardiologista Peter MacCullogh apontou os riscos da vacina e o infectologista Francisco Cardoso disse que a informação de que a Organização Mundial da Saúde recomenda a vacinação das crianças é falsa.
Transcrição
O SENADO REALIZOU UMA SESSÃO DE DEBATES TEMÁTICOS SOBRE A VACINAÇÃO DE CRIANÇAS CONTRA A COVID-19.
UMA DECISÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE INCLUIU A VACINA NO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES. REPÓRTER CESAR MENDES.
Em outubro do ano passado, uma decisão do Ministério da Saúde incluiu a vacina contra a covid-19 no Programa Nacional de Imunizações, a partir do início deste ano. A recomendação é que sejam vacinadas prioritariamente as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, além dos grupos com maior risco para desenvolver as formas graves da doença, como idosos, gestantes e trabalhadores da saúde. O Ministério da Saúde alega que a mudança está alinhada com o que preconiza a Organização Mundial da Saúde e um dos efeitos práticos é que as famílias que não vacinarem crianças nessa faixa etária poderão deixar de receber os benefícios do Bolsa Família. O senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, um dos autores do requerimento da sessão, disse que as escolas públicas podem ainda proibir a frequência de alunos com o cartão de vacinas incompleto.
'' Quem teve acesso a fotos e imagens do último carnaval brasileiro, com milhões de pessoas aglomeradas em vários dias nas ruas das cidades, certamente deve concluir que o risco de transmissão do vírus já não existe mais. Paradoxalmente, milhões de famílias em todo o Brasil estão aflitas por receberem a notícia de que seus filhos não poderão exercer o direito fundamental do acesso às escolas só porque não estão vacinados da covid-19.''
O cardiologista norte-americano Peter MacCullogh, apontado pelo senador Girão como o pesquisador com o maior número de artigos publicados sobre os efeitos das vacinas da covid-19, explicou que após a chegada da variante ômicron, o risco de agravamento do estado de saúde das crianças infectadas é muito pequeno. E apontou o que considera ser o principal problema da vacina Pfizer, adotada no Brasil.
'' A proteína Spike na superfície do vírus que é fornecida às crianças por meio da vacina causa problemas cardíacos, problemas cerebrais, aos órgãos vitais do corpo e o corpo não consegue se livrar dessa proteína. Se torna uma substância tóxica, que se acumula no corpo humano.''
Já infectologista brasileiro Francisco Cardoso disse que a informação dada pelo Ministério da Saúde de que a OMS recomenda a vacinação de crianças contra a Covid-19 é falsa.
'' Ao contrário do que apregoa o Ministério da Saúde e algumas mídias, essas vacinas possuem efeitos colaterais relevantes, às vezes graves e não sabemos as taxas de incidência ou risco específicos da maioria delas. Se a vacina não tem benefício medido senador, qualquer risco que ela apresente é inaceitável.''
De acordo com o médico brasileiro, não existe ainda um despacho da ministra da Saúde, Nísia Trindade, determinando a inclusão da vacina contra a covid-19 no Plano Nacional de Imunizações. Mas uma nota técnica que, segundo ele, não tem poder legal para virar política pública. A ministra foi convidada para a sessão, mas não compareceu. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.