Oposição questiona operação da PF. E relatora da CPMI do 8 de Janeiro defende as investigações — Rádio Senado
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Oposição questiona operação da PF. E relatora da CPMI do 8 de Janeiro defende as investigações

Senadores aliados de Jair Bolsonaro voltaram a condenar a Operação da Polícia Federal que resultou na prisão de ex-assessores e militares e em mandados de busca e apreensão em endereços de ex-ministros e militares ligados ao ex-presidente da República. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), declarou que a investigação é uma perseguição a Bolsonaro num ano eleitoral. Já a relatora da exinta CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), lembrou que metade dos investigados pela PF também foram alvo da comissão.

09/02/2024, 13h34 - ATUALIZADO EM 09/02/2024, 14h46
Duração de áudio: 02:54
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
AO AFIRMAR QUE OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL É PERSEGUIÇÃO AO EX-PRESIDENTE BOLSONARO, OPOSIÇÃO QUESTIONA CONDUÇÃO DO INQUÉRITO PELO MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES. RELATORA DA CPMI DO 8 DE JANEIRO REFORÇA QUE INVESTIGAÇÕES DA PF COINCIDEM COM OS FATOS APURADOS PELO COLEGIADO AO CITAR QUE PARTE DOS ALVOS DOS MANDADOS DE PRISÃO E BUSCA E APREENSÃO TAMBÉM APARECE NO RELATÓRIO FINAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Senadores aliados de Jair Bolsonaro questionaram a operação da Polícia Federal que resultou na prisão de três pessoas, incluindo o ex-assessor Filipe Martins, e em mandados de buscas e apreensão contra ex-ministros e militares ligados ao ex-presidente da República, além de um empresário, um advogado e um padre supostamente envolvidos numa tentativa de golpe de Estado. Ao citar que o Partido Liberal também foi alvo da PF, o líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, argumentou que trata-se de uma perserguição à maior legenda oposicionista, que já tem pedido de cassação de registro em ano de eleição municipal. Citou que a chamada minuta do golpe é um papel sem valor e reiterou que ninguém pode ser punido por algo não concretizado já que não houve abolição do Estado Democrático de Direito. Rogério Marinho questionou a isenção do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ao apontar que nas investigações a Polícia Federal descobriu um plano de prisão do magistrado. Então, até em defesa da democracia brasileira é importante que nós tenhamos um processo isento. Há lei, a Constituição, o Estado de Direito, o devido processo legal e a forma adequada de se fazer uma investigação. Não é possível nós assistirmos a uma investigação em que claramente aquele que é a pretensa vítima dessa ação é quem conduz o inquérito. Não é possível nós imaginarmos que haverá imparcialidade nesse processo. A senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, destacou que a Operação da PF é fruto de uma investigação rigorosa com o acompanhamento responsável do Ministério Público Federal. Ela destacou que dos 24 alvos da Polícia Federal, 12 foram investigados ou indiciados pelo relatório final da comissão mista no ano passado. Entendo que é uma investigação, uma operação robusta que atinge alvos importantes da política brasileira e também da ala militar. A operação também, é bom destacar isso, ela é importante porque ela fecha o cerco contra figuras-chaves, cujas investigações inclusive apontam que outros responsáveis, e que eu acredito que também possam ser atingidos em outro momento, foram responsáveis por essa engenharia que se deu para a construção do 8 de janeiro. A operação da Polícia Federal foi baseada na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e em outras provas, a exemplo de documentos e vídeos coletados em outras investigações desde o ano passado por ocasião da invasão à sede dos três Poderes em Brasília em janeiro do ano passado. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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