Comissão de Educação discute papel das IFES do interior do país — Rádio Senado
Audiência pública

Comissão de Educação discute papel das IFES do interior do país

A Comissão de Educação discutiu em audiência pública o papel social, econômico, cultural, inovação tecnológica e produção de conhecimento das supernovas universidades federais no interior do país. O termo foi cunhado por Wellington Fagundes (PL-MT), autor do requerimento, para identificar seis novas universidades públicas federais criadas a partir do desmembramento de campus de universidades já existentes, situados em áreas remotas, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

18/12/2023, 12h33 - ATUALIZADO EM 18/12/2023, 12h33
Duração de áudio: 03:04
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DISCUTIU EM AUDIÊNCIA PÚBLICA O PAPEL DE SEIS UNIVERSIDADES FEDERAIS CRIADAS RECENTEMENTE NO INTERIOR DO PAÍS. AS UNIVERSIDADES, QUE ESTÃO SENDO CHAMADAS DE "SUPERNOVAS", AJUDAM A DEMOCRATIZAR O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR, MAS PRECISAM DE APOIO NO ORAÇAMENTO PARA FUNCIONAR MELHOR. REPÓRTER CESAR MENDES. As seis universidades federais "supernovas", termo cunhado pelo senador Wellington Fagundes, do PL do Mato Grosso, estão situadas em cinco estados do país, distribuídos por três regiões. No Centro-Oeste, a federal de Rondonópolis, no Mato Grosso e as federais de Jataí e Catalão, em Goiás. No Nordeste, na cidade de Parnaíba, no Piauí, fica a Universidade do Delta do Parnaíba e em Pernambuco, na cidade de Garanhuns, a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco. Na região Norte, na cidade de Araguaína, em Tocantins, a Universidade do Norte do Tocantins. Analy Castilho Polizel de Souza, reitora da Universidade Federal de Rondonópolis, explicou que as seis supernovas instituições públicas de ensino superior foram criadas em campus já existentes, a partir do desmembramento de uma universidade mãe, cinco delas em 2018 e uma, em 2019. E apresentou o impacto desse processo no aumento da oferta de vagas. ''São 4.143 vagas ofertadas no ensino de graduação. Isso totaliza mais de 23 mil estudantes presentes nessas seis instituições públicas. Com a criação dessas seis instituições, foi possível um incremento de aproximadamente 10% em relação às universidades sedes, as universidades mães. Essas seis supernovas foram desmembradas de uma universidade tutora. Praticamente em todos esses estados, só existia uma universidade tutora, a única universidade pública federal era a universidade tutora.'' Ao apontar a necessidade de mais recursos para as "supernovas", Wellington Fagundes disse esperar a aprovação de emenda de sua autoria no Orçamento de 2024, para o provimento de cargos nas instituições. O senador comentou o impacto positivo da criação dessas universidades: '' Essas novíssimas universidades têm tido e a gente já percebe o impacto positivo para o Brasil, e elas têm contribuído para ampliar o acesso ao ensino superior, especialmente nessas regiões mais remotas do país. Também contribuem para o desenvolvimento socioeconômico desses locais, gerando empregos e oportunidades de qualificação profissional. '' Flávio Arns, do PSB do Paraná, presidente da Comissão de Educação, defendeu mais incentivos para pesquisa e extensão nas universidades públicas: '' A pesquisa no Brasil, todos sabemos, em boa parte, só acontece em função do papel essencial das nossas instituições de ensino superior, as federais, basicamente né e isso deve ser incentivado. E a extensão é essencial na universidade, temos que trabalhar junto com a comunidade, mudar, contribuir para mudar a realidade. Então, tudo isto é muito importante, a mudança da realidade. São supernovas, como o Senador Wellington Fagundes carinhosamente chama, não é?'' Roselma Lucchese, reitora da Universidade Federal de Catalão, disse que a aprovação de mais recursos no orçamento para as universidades supernovas é essencial porque algumas delas foram criadas sem previsão adequada de pessoal. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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