Por sugestão de Pacheco, Fazenda aceita prorrogar pagamento da dívida de MG — Rádio Senado
Minas Gerais

Por sugestão de Pacheco, Fazenda aceita prorrogar pagamento da dívida de MG

Após encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou uma prorrogação do pagamento da dívida de Minas Gerais, que venceria agora em dezembro, e que poderá ser quitada até o final de março de 2024. Ele afirmou que, até lá, os governos federal e estadual terão condições de fechar um acordo que prevê a entrega de ativos mineiros, como as estatais, e indenizações judiciais para a União, além da redução dos juros. Pacheco lamentou as críticas do governador Romeu Zema e afirmou que está empenhado em fechar um acordo com a equipe econômica para preservar o povo mineiro.

07/12/2023, 13h31 - ATUALIZADO EM 07/12/2023, 13h32
Duração de áudio: 03:07
Pedro Gontijo/Senado Federal

Transcrição
POR SUGESTÃO DO PRESIDENTE DO SENADO, MINISTÉRIO DA FAZENDA ACEITA PRORROGAR PAGAMETNO DA DÍVIDA BILIONÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. RODRIGO PACHECO TERÁ REUNIÕES COM MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E ADVOGADO GERAL DA UNIÃO PARA FECHAR ACORDO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que o governo federal concorda em adiar o pagamento da dívida de Minas Gerais, que venceria agora em dezembro. Pela proposta, o governo estadual terá até o dia 31 de março de 2024 para quitar o débito. A medida, no entanto, depende de um aval do Supremo Tribunal Federal. Rodrigo Pacheco acredita que nesses mais de três meses, a União e o estado mineiro vão conseguir fechar os termos de um acordo para a quitação do débito de R$ 160 bilhões, que inclui um desconto dos juros cobrados; a entrega de estatais, como a Cemig, Codemig e Copasa, para o governo federal; e o uso de créditos judiciais, a exemplo das indenizações pelos desastres ambientais de Mariana e Brumadinho. Rodrigo Pacheco avalia que o Regime de Recuperação Fiscal em discussão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais não vai resolver o problema por atingir os servidores públicos e não liquidar a dívida. O presidente do Senado também rebateu as críticas do governador Romeu Zema quanto à demora por uma solução, que inclui acordos entre os dois governos, o STF e o Congresso Nacional.  Considero que é muito importante nesse momento reconhecermos que nós estamos lidando com problema gravíssimo do estado de Minas Gerais. Isso significa o bem-estar ou não do povo mineiro. Então, nós não podemos criar narrativas, ficar o tempo inteiro em rede social criticando um ao outro. No momento, nós precisamos é de união e de muita maturidade porque nós não podemos ter infantilismo num momento desse e ficar achando que nós estamos numa disputa eleitoral. É importante todo mundo descer do palanque e entender que nós temos um problema grave para resolver.  O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a proposta de Rodrigo Pacheco para o pagamento da dívida de Minas Gerais demanda um tempo para que os técnicos possam avaliar juridicamente como será feito o repasse dos ativos do estado para a União, incluindo as estatais e as indenizações, e a redução dos juros. Ele ponderou que o acordo com Minas poderá servir de modelo para outros estados endividados. Fernando Haddad ressaltou que o governo federal está empenhado em resolver o endividamento mineiro apesar dos ataques do governador Romeu Zema.  Na minha opinião, o governador Zema não ajuda com esse tipo de conduta. Ele ficou cinco anos, inclusive quatro com aliado no Planalto, podendo fazer alguma coisa por Minas e tudo que ele fez foi endividar Minas. A dívida saiu de pouco mais de 100 bilhões para R$ 160 bilhões. Mas agora o que eu quero tranquilizar o governador Zema porque ele está lidando com pessoas sérias, tanto no Ministério da Fazenda quanto na presidência do Congresso Nacional; Se ele tiver disposição, nós vamos construir juntos uma solução para Minas, que não é simples. O governo de Minas Gerais também tenta prorrogar junto ao STF o prazo do pagamento da dívida com a União, que vence no dia 20 de dezembro. Romeu Zema também busca aprovar na Assembleia Legislativa o Regime de Recuperação Fiscal, que prevê o congelamento de salários do funcionalismo e privatizações para amortizar parte do débito. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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