Líder do governo diz que meta fiscal de déficit zero em 2024 será cumprida — Rádio Senado
Economia

Líder do governo diz que meta fiscal de déficit zero em 2024 será cumprida

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reforçou que a meta fiscal de déficit zero em 2024 será cumprida. Ele minimizou a declaração do presidente Lula de que dificilmente o País não terá déficit em razão dos gastos com obras e investimentos. Jaques Wagner afirmou que o governo manterá o esforço para alcançar esse resultado no ano que vem ao citar os projetos que aumentam a arrecadação e que serão aprovados pelo Senado. Já o líder do PL, senador Carlos Portinho (RJ), lembrou que este ano o rombo nas contas públicas será superior a R$ 168 bilhões e que o aumento das receitas com novas fontes ficará aquém desse valor.

31/10/2023, 21h40 - ATUALIZADO EM 31/10/2023, 21h40
Duração de áudio: 02:34
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LÍDER DO GOVERNO NO SENADO DESCARTA DÉFICIT NO ANO QUE VEM. OPOSIÇÃO DIZ QUE MUDANÇA NA META SERÁ O FIM DO ARCABOUÇO FISCAL. PRESSIONADO PELA ALA POLÍTICA, PRESIDENTE LULA DISSE QUE DIFICILMENTE AS CONTAS FECHARÃO NO AZUL EM 2024. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, reafirmou a posição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que não haverá mudança na meta fiscal do ano que vem. A afirmação foi feita após críticas a uma declaração do presidente Lula de que dificilmente o País não terá um rombo nas contas públicas em 2024 porque ele quer priorizar obras e investimentos. Sancionado em agosto, o novo arcabouço fiscal, que substituiu o Teto de Gastos, prevê que em 2024 a meta será zero, ou seja, sem déficit ou superávit. E em 2025, o País terá um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto e em 2026, de 1%. Jaques Wagner destacou que as diretrizes da equipe econômica serão seguidas e que o presidente Lula apenas esboçou as dificuldades para o atingimento da meta e não defendeu uma mudança.  Essa discussão não existe. A meta 0 será mantida zero. Se vamos atingir ou não vamos atingir só terminando o ano para saber. Eu não vejo porque você mudar de meta. Na verdade, ao colocar uma meta, você faz um esforço para. Esse esforço continua sendo feito. Eu espero que a gente consiga chegar lá. Então, o comentário do presidente da República não era contra a meta, é dizer que sabe das dificuldades pelo ano atípico que nós tivemos.  Já o líder do PL, senador Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, destacou que o governo vai precisar aumentar a arrecadação em mais de R$ 168 bilhões no ano que vem para não ter déficit, além de cortar despesas.  O governo tem um rombo fiscal. O presidente que confessa que não está preocupado em cumprir a meta, ao contrário do seu ministro, que é bom registrar que desde quando apresentou o arcabouço fiscal fez o compromisso de cumprir. Nós advertimos que o governo era muito indisciplinado para cumprir aquela meta e aquele arcabouço fiscal que mostra que ele nasceu morto e realmente agora se confirma.  A equipe econômica depende da aprovação de alguns projetos que podem aumentar a arrecadação e ajudar o governo a cumprir a meta. Entre eles, o que taxa as apostas eletrônicas, as chamadas bets, e os que cobram impostos de investimentos de brasileiros em paraísos fiscais, conhecidos por offshores, e de fundos de uma única pessoa. As três propostas aguardam votação do Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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