CPMI ouve ex-assessor de Bolsonaro nesta terça-feira — Rádio Senado
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CPMI ouve ex-assessor de Bolsonaro nesta terça-feira

O segundo-tenente do Exército, Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro e investigado pela Polícia Federal no caso das joias, deve prestar depoimento nesta terça-feira à CPMI do 8 de Janeiro. A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), apontou a proximidade de Osmar Crivelatti ao ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Já o senador Marcos Rogério (PL-RO) declarou que a oitiva tem o objetivo de desviar o foco das investigações quanto à suposta omissão do governo nos ataques do dia 8.

18/09/2023, 13h45 - ATUALIZADO EM 18/09/2023, 13h46
Duração de áudio: 02:41
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Transcrição
A CPMI DO 8 DE JANEIRO DEVE OUVIR NA TERÇA-FEIRA ASSESSOR MILITAR DE BOLSONARO, INVESTIGADO PELA POLÍCIA FEDERAL NO CASO DAS JOIAS. RELATORA DEFENDE ACAREAÇÃO ENTRE O EX-PRESIDENTE E O EX-AJUDANTE DE ORDENS. OPOSIÇÃO ACUSA GOVERNO DE DESVIAR INVESTIGAÇÃO SOBRE EVENTUAIS OMISSÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Os integrantes da CPMI do 8 de Janeiro tomam o depoimento nesta terça-feira do segundo-tenente do Exército, Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro. O militar, que atua na equipe de apoio do ex-presidente, é investigado pela Polícia Federal no caso da venda de presentes recebidos em eventos oficiais. A relatora, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, considera essencial esse depoimento ao citar que Osmar Crivelatti é muito ligado ao ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Ela também defendeu a aprovação de uma acareação entre Mauro Cid e Bolsonaro sob o argumento da delação premiada do ex-ajudante de ordens.    Nós temos hoje o Mauro Cid que faz uma delação premiada e acredito que essa contraposição entre o que ele fala e o que o ex-presidente do Bolsonaro fala será vital. Na delação premiada ele apontou para a parte das vacinas, para a parte das joias e para parte do golpe, que é o ponto central de investigação desta CPMI. Então, acredito que se a gente conseguir aprovar esse requerimento de acareação será um ganho muito importante, será um avanço muito importante para o fechamento dos trabalhos desta comissão. O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, do União da Bahia, só vai convocar uma sessão para votação de requerimentos após um acordo entre governistas e oposicionistas. Ao se posicionar contrariamente à acareação entre Mauro Cid e Bolsonaro, o senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, avalia que essa iniciativa e até o depoimento desta terça-feira têm o objetivo de desviar o foco da CPMI para não investigar a suposta omissão do governo federal no dia dos ataques.   Por que que a relatora não quer investigar, por exemplo, a omissão do Ministério da Justiça, que tinha a Força Nacional à disposição e que não empregou efetivo para garantir a segurança, a proteção dos prédios públicos? É lamentável que a relatora tente buscar depoimentos que colocam apenas Bolsonaro como alvo. Bolsonaro já não era mais o presidente. Tem mais a ver com alguém que está tentando esconder o que de fato aconteceu do que uma investigação que procure lançar luz ao 8 de janeiro. O depoimento da CPMI de quinta-feira ainda não está definido. A previsão era a vinda do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro, general Braga Netto. Mas foi adiado a pedido da relatora. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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