Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro presta depoimento à CPMI do 8 de Janeiro nesta terça-feira — Rádio Senado
CPMI do 8 de Janeiro

Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro presta depoimento à CPMI do 8 de Janeiro nesta terça-feira

O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres presta depoimento à CPMI nesta terça-feira (8). A defesa recorreu ao Supremo Tribunal Federal para garantir o direito ao silêncio, mas antecipou que Torres vai responder aos questionamentos. A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), destacou que Torres é uma figura central por ter acompanhado os atos de outubro e dezembro em Brasília até os ataques em janeiro. Já Jorge Seif (PL-SC) avalia que não haverá novidades, já que Torres prestou depoimento à Polícia Federal e à CPI do Distrito Federal.

07/08/2023, 11h05 - ATUALIZADO EM 07/08/2023, 11h06
Duração de áudio: 03:03
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
O EX-MINISTRO DA JUSTIÇA DE BOLSONARO PRESTA DEPOIMENTO À CPMI DO 8 DE JANEIRO NESTA TERÇA-FEIRA. A DEFESA, QUE RECORREU AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, SINALIZOU QUE O TAMBÉM SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL NÃO FICARÁ CALADO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Após os depoimentos de testemunhas e investigados relacionados aos atos ocorridos entre outubro e dezembro do ano passado, antes da invasão à sede dos três Poderes em Brasília, os integrantes da CPMI do 8 de Janeiro vão ouvir nesta terça-feira o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. Por ocasião dos ataques, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas viajou dias antes para os Estados Unidos de férias. De volta ao Brasil, no dia 14 de janeiro foi preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, acusado de omissão. Anderson Torres só deixou a prisão num Batalhão da Polícia Militar no Distrito Federal no dia 11 de maio com tornozeleira eletrônica e com a proibição de sair de Brasília, manter contato com os demais investigados, usar as redes sociais e voltar às atividades profissionais na Polícia Federal. Apesar de ter recorrido ao STF, a defesa do ex-ministro Anderson Torres antecipou que ele vai responder às perguntas dos parlamentares por considerar o depoimento à CPMI uma oportunidade de rebater as acusações.  A relatora, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, avalia que o depoimento de Anderson Torres será muito elucidativo. Há uma grande expectativa. Ele era ministro do governo anterior, portanto, estava em novembro e dezembro. E era secretário de Segurança, portanto, também estava em janeiro. Ele é uma figura central porque ele faz uma ligação entre esses dois momentos, então, há uma expectativa grande. Eu acredito que ele buscará no Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para poder assegurar os seus direitos ao silêncio, mas a gente tem colocado aqui em prática ou não silêncio restrito porque ele poderá responder perguntas que não o incriminem. Já o senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, considera que o depoimento de Anderson Torres não deverá trazer revelações à CPMI. O ministro Anderson Torres já tinha prestado depoimento à Polícia Federal duas ou três vezes, ele prestou depoimento também à CPI do Distrito Federal. Eu creio que não haja muitas novidades, mas creio que é pertinente. Foi encontrado um documento na casa dele etc. etc., então é pertinente. Vamos ouvir o Anderson Torres aqui, perguntar, mas eu creio que não haverá novidade, não há fato novo que possa nos surpreender, visto que ele já deu depoimentos, inclusive, as autoridades policiais e também aqui na CPI do Distrito Federal. A defesa de Anderson Torres justificou que o pedido de habeas corpus é apenas preventivo para preservar o ex-ministro da Justiça quanto ao direito de não se autoincriminar, para não ser preso se permanecer em silêncio e não sofrer medidas cautelares pelo fato de ter contado com outros investigados. Da Rádio Senado, Hérica Christian.  

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