CPMI do 8 de Janeiro vai ouvir na terça-feira ex-diretor da Abin — Rádio Senado
CPMI do 8 de Janeiro

CPMI do 8 de Janeiro vai ouvir na terça-feira ex-diretor da Abin

Nesta terça-feira, a CPMI do 8 de Janeiro deve ouvir o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, Saulo Moura da Cunha. Ao cobrar o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, general G. Dias, o senador Eduardo Girão (Novo -CE) avalia que o depoimento de Saulo Moura da Cunha será importante para mostrar a omissão do governo diante dos alertas enviados pela Agência. Já a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), anunciou a apresentação de requerimentos de reconvocação e a acareação entre testemunhas já ouvidas ao citar a análise de documentos que chegaram à comissão durante o recesso.

31/07/2023, 10h36 - ATUALIZADO EM 31/07/2023, 10h36
Duração de áudio: 03:00
Leonardo Prado/Câmara dos Deputados

Transcrição
A CPMI DO 8 DE JANEIRO RETOMA OS TRABALHOS OUVINDO O EX-DIRETOR DA AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA NA OCASIÃO DOS ATAQUES. OPOSIÇÃO COBRA DEPOIMENTO DO EX-MINISTRO DO GABINTE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL E RELATORA ANUNCIA RECONVOCAÇÕES E ACAREAÇÕES.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Os deputados e senadores da CPMI do 8 de Janeiro vão ouvir nesta terça-feira o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, Saulo Moura da Cunha. Ele respondeu interinamente pelo comando da Abin de janeiro até março deste ano após o Senado aprovar a indicação de Luiz Fernando Corrêa. Saulo Moura chegou a ocupar o cargo de chefe da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional, mas acabou exonerado em junho após a divulgação de imagens mostrando a presença do ex-ministro do GSI, general G. Dias, no Palácio do Planalto, no dia dos ataques. Ao cobrar uma data para o depoimento de G. Dias, o senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, ponderou que o depoimento de Saulo Moura da Cunha será importante, já que a Abin teria alertado o governo sobre a possibilidade de invasão de prédios públicos pelos manifestantes. Ver eventual omissão do governo federal porque é muito estranho que dois dias antes a Abin informou a 48 agências do governo federal que o objetivo seria destruir fisicamente. O que é que o governo Lula fez com tanta experiência que G. Dias teve duas vezes ele mesmo na frente do governo? Onde é que estava a Força de Segurança Nacional? Onde é que estava o Batalhão Presidencial? Não foi feito um reforço? Pelo contrário, foi desmobilizado o reforço. Gente, pelo amor de Deus! No mínimo é incompetência, no mínimo. A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, afirmou que esta segunda etapa das investigações começa com mais informações. Ela ressaltou a chegada de documentos solicitados pela comissão, inclusive sigilosos, que já motivaram a apresentação de requerimentos de reconvocação e de acareação entre testemunhas já ouvidas. Agora no período de recesso nós recebemos um volume muito grande de documentos. Documentos, inclusive, sigilosos que já estudamos e continuamos estudando porque de fato é um volume muito grande que vão respaldar aí tanto as oitivas como, inclusive, a apresentação de novos requerimentos para novas quebras. Nas próximas semanas, nós teremos, inclusive, reconvocação. Teremos também acareações de forma que nós possamos chegar aos autores intelectuais e também aos financiadores do 8 de Janeiro. Entre os convocados que já prestaram depoimento estão o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasquez; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; o coronel do Exército, Jean Lawand Júnior;e o coronel da Polícia Militar, Joge Naime. Além de G. Dias, poderá ser ouvido pela CPMI o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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