Governo cria programa para zerar filas no INSS — Rádio Senado
Medida provisória

Governo cria programa para zerar filas no INSS

Foi editada a Medida Provisória 1.181 do Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social – PEFPS, que prevê pagamento de adicional para os funcionários do INSS analisarem processos administrativos e perícias médicas. O governo federal cita que mais de 1 milhão de pedidos de aposentadoria e perícias médicas estão repressadas. O comitê de acompanhamento das metas do programa será gerido pelos Ministérios da Gestão e da Previdência Social.

21/07/2023, 13h20 - ATUALIZADO EM 21/07/2023, 13h20
Duração de áudio: 02:14
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Transcrição
O GOVERNO FEDERAL CRIOU UM PROGRAMA PARA DIMINUIR A FILA DO INSS COM PAGAMENTO DE BÔNUS PARA SERVIDORES. O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE VAI FOCAR NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E PERÍCIAS MÉDICAS REPRESSADAS DESDE A PANDEMIA. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. O presidente Lula encaminhou ao Congresso Nacional uma medida provisória que cria o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social. O objetivo é permitir que funcionários do INSS trabalhem em horas extras para reduzir o tempo de análise de processos administrativos, dar cumprimento a decisões judiciais e realizar perícia médica de benefíciários. De acordo com o próprio governo, cerca de 597 mil perícias médicas estão repressadas. Mais de 357 mil pessoas aguardam a análise dos pedidos de aposentadoria, mais de 122 mil da pensão por morte, mas de 115 mil de salário-maternidade, cerca de 79 mil de auxílio incapacidade temporário e 75 mil de Benefício de Prestação Continuada - BPC. O tempo de espera supera os 45 dias previstos em lei, chegando a meses. O servidor que aderir ao programa receberá R$ 68 por análise adicional de processo administrativo e R$ 75 por perícia médica realizada. Para o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, o aumento da produtividade dos profissionais vai garantir a assistência aos beneficiários. Paim -  Felizmente, com essa medida provisória, eu espero que a gente consiga agilizar e não permita que pessoas que estão dependendo, por exemplo, de perícias, só como exemplo, a empresa não os aceita de volta, a Previdência não aceita porque falta a perícia e eles ficam salário. Não podem trabalhar porque estão afastados por determinação do corpo médico da empresa e não são incluídos na Previdência. Segundo a MP, um ato conjunto dos Ministérios da Gestão e da Previdência Social vai estipular uma meta mensal e os critérios para adesão dos funcionários ao Programa, que será acompanhada. O incentivo vai durar nove meses, mas poderá ser prorrogado por mais três meses. A medida provisória precisa ser votada pelo Congresso Nacional dentro de 120 dias. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.

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